sb: série poetas
A poesia de Friedrich Wilhelm Nietzsche (Röcken, 15 de Outubro de 1844 — Weimar, 25 de Agosto de 1900) parte de uma ideia de civilização em construção, de um estabelecer individual de regras, uma aprendizagem diária como se esta adiasse a morte. Este viver aparece sempre a meio caminho, sem menos ansiar o encontro e o desencontro, a ideia de busca pessoal e do homem que se faz a si mesmo através da experiência. Esta filosofia latente aparece descrita de forma evidentemente simples, com recurso e com um pendor visual, sendo que este é uma espécie de ponte para os outros sentidos. Há neste poética um tom coloquial, um "tu" que intervém com um papel activamente passivo, provocando a lembrança e o alcance longínquo do pensamento. Nestes "diálogos" pode-se apreciar o lado inusitado destes poemas, um lado eivado de ironia e sarcasmo, com imagens e metáforas que o carregam, por vezes desprezando uma beleza efectivamente bela, varrendo a alma de quem passa. ("Queixas-te porque não encontras nada a teu gosto? / São então sempre os teus velhos caprichos / Ouço-te praguejar, gritar e escarrar... / Estou esgotado, o meu coração despedaça-se. / Ouve, meu caro, decide-te livremente. / A engolir um sapinho bem gordinho, / De uma só vez e sem olhar. / É remédio soberano para a dispepsia". em Remédio para o Pessimismo, do livro A Gaia Ciência).
Por outro lado, alguns dos poemas são notoriamente de desesperança, e nem todos de problematização mental. Espaçam-se no declive entre o desejar e o ter, devaneio e excentricidade, aventura e desilusão. Mas no meio disto tudo há uma consciência lúcida, uma consciência que dá conselhos, pedindo ao poeta que se sirva do seu próprio esboço e se preencha a partir dele, confrontando-se depois com a vida em sociedade e com as pré-considerações dos outros. Por isso, o poeta Nietzsche (e o seu sujeito poético) é algo inseguro na narração que faz e está em desilusão face ao cansaço do seu cantar, à ineficácia do seu próprio excesso. Quanto às temáticas, o tema do amor é recorrente e expressa-se em tom de súplica. Este "eu" é condicionado pela presença em espírito (não física) de um "tu" maior, expressão do sonho, de interlúdios íntimos. A religião também está presente, mas a crítica situa-se numa espécie de desmoralidade niilista, integrando o universo, tal como ele é, dentro do universo como é visto pela filosofia que percorre o poema, ainda assim longe do ataque directo ao cristianismo do Anticristo. ("Bendito seja Deus na Terra,/ Gosta das raparigas bonitas / E perdoa de bom grado / Os tormentos do amor. / Enquanto o meu corpo for belo / É pena ser piedosa; / Case o diabo comigo / Quando eu já não tiver dentes." A Piedosa Beppa - em "A Gaia Ciência").
Neste universo o tempo tem, a cada momento, uma configuração decisiva, crucial, atingindo com a sua passagem as coisas ora mais concretas, ora mais abstractas, ilustrando-as com uma nova lei da moral, uma lei feita a partir de baixo, da observação das cidades e seu dinamismo, de um ideal de homem feito da transmutação de valores, livre da religião e influências afins, preparado para o domínio: o super-homem.
Poesia seleccionada de Friedrich Nietzsche:
CONTRA AS LEIS
A partir de hoje penduro ao pescoço
Com uma corda de crina o relógio que marca as horas;
A partir de hoje cessam o curso das estrelas
E do sol, e o canto do galo e a sombra;
E tudo aquilo que a hora nunca anunciou
Está agora mudo, surdo e cego:
Toda a natureza se cala para mim
Diante do tiquetaque da lei e da hora.
Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"
A partir de hoje penduro ao pescoço
Com uma corda de crina o relógio que marca as horas;
A partir de hoje cessam o curso das estrelas
E do sol, e o canto do galo e a sombra;
E tudo aquilo que a hora nunca anunciou
Está agora mudo, surdo e cego:
Toda a natureza se cala para mim
Diante do tiquetaque da lei e da hora.
Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"
*
A MINHA FELICIDADE
Depois de estar cansado de procurar
Aprendi a encontrar.
Depois de um vento me ter feito frente
Navego com todos os ventos.
Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"
*
SABEDORIA DO MUNDO
Não fiques em terreno plano.
Não subas muito alto.
O mais belo olhar sobre o mundo
Está a meia encosta.
Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"
*
AS MINHAS ROSAS
Sim! a minha ventura quer dar felicidade;
Não é isso que deseja toda a ventura?
Quereis colher as minhas rosas?
Baixai-vos então, escondei-vos,
Entre as rochas e os espinheiros,
E chupai muitas vezes os dedos.
Porque a minha ventura é maligna,
Porque a minha ventura é pérfida.
Quereis apanhar as minhas rosas?
Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"
*
ESTAS ALMAS INCERTAS
Quero um mal de morte
A estas almas incertas.
Tortura-as a honra que vos fazem,
Pesam-lhes, dão-lhe vergonha os seus louvores.
Porque não vivo
Preso à sua trela,
Saúdam-me com um olhar agridoce.
Onde passa uma inveja sem esperança.
Ah! Porque não me amaldiçoam!
Porque não me viram francamente as costas!
Aqueles olhos suplicantes e extraviados
Hão-de enganar-se sempre a meu respeito.
Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"
*
CONSOLAÇÃO PARA OS PRINCIPIANTES
Vede a criança, rodeada de porcos a grunhir,
Desarmada, encolhendo os dedos dos pés.
Chora, não sabe fazer mais nada senão chorar.
Será alguma vez capaz de ficar de pé e de caminhar?
Coragem! E depressa, penso eu,
Podereis ver a criança dançar;
Logo que conseguir manter-se de pé,
Haveis de a ver caminhar de cabeça para baixo.
Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"
*
VENEZA
Na ponte eu estava
Ao moreno anoitecer.
Distante veio um canto:
Douradas gotas corriam
Pela tremente planura.
Gôndolas, luzes, música -
Ébrias vogavam para o crepúsculo...
A minh'alma, uma lira,
Cantava-se, invisivelmente vibrada,
Oculta canção de gondoleiro,
Tremente de irisada beatitude -
Mas alguém ouvia?
Friedrich Nietzsche
Poesia de 26 séculos - De Arquíloco a Nietzsche
Tradução de Jorge de Sena
*
OS MAUS
Temeis-me?
Temeis o arco tenso?
Ah, quem pudesse assim dispor a flecha!
Ah, meus amigos!
Onde quem bom era dito?
Onde estão todos os "bons"?
Onde, onde, a inocência das mentiras?
Quem uma vez olha o Homem
A Deus vê como Bode.
O poeta capaz de mentir
Conscientemente, voluntariamente,
Só ele é capaz de dizer a Verdade.
"O Homem é mau",
O que os Mais Sábios disseram -
Para consolar-me.
Friedrich Nietzsche
Poesia de 26 séculos - De Arquíloco a Nietzsche
Tradução de Jorge de Sena
*
ATENÇÃO: VENENO!
Que não me leia mais quem não se ri aqui!
Porque o diabo leva quem aqui não ri.
Friedrich Nietzsche
Poesia de 26 séculos - De Arquíloco a Nietzsche
Tradução de Jorge de Sena
Poesia de 26 séculos - De Arquíloco a Nietzsche
Tradução de Jorge de Sena
*
O CANTO E O PENSAMENTO
Ao Princípio era o Ritmo, a Rima a terminar,
E a Música entra nisto qual seu almo Pio:
A tão divino riquiquio
Chama-se Canto. Mas, para encurtar,
Um Canto, isso é "Palavras para pôr em Música".
O Pensamento é de uma outra esfera.
Se ele troça, ou se exalta, ou se encanta,
Jamais, é claro, um pensamento canta.
É "Sentido sem Canto" o Pensamento.
As duas coisas juntas: minha audácia é tanta?
Friedrich Nietzsche
Poesia de 26 séculos - De Arquíloco a Nietzsche
Tradução de Jorge de Sena
O CANTO E O PENSAMENTO
Ao Princípio era o Ritmo, a Rima a terminar,
E a Música entra nisto qual seu almo Pio:
A tão divino riquiquio
Chama-se Canto. Mas, para encurtar,
Um Canto, isso é "Palavras para pôr em Música".
O Pensamento é de uma outra esfera.
Se ele troça, ou se exalta, ou se encanta,
Jamais, é claro, um pensamento canta.
É "Sentido sem Canto" o Pensamento.
As duas coisas juntas: minha audácia é tanta?
Friedrich Nietzsche
Poesia de 26 séculos - De Arquíloco a Nietzsche
Tradução de Jorge de Sena
*
SILS-MARIA
Aqui sentado à espera, sim - de nada,
E além do Mal e do Bem, alma dada
Ora à luz, ora à treva, só brincando,
Ou mar, ou meio dia, ou tempo passando -
De súbito o Uno e o Dois se bipartiu -
E Zaratustra diante de mim surgiu.
Friedrich Nietzsche
Poesia de 26 séculos - De Arquíloco a Nietzsche
Tradução de Jorge de Sena
*
ECCHE HOMO
Sim! Eu sei que me resume:
Insaciado como o lume,
Eu brilho e ardo-me inteiro.
Luz se torna quanto eu faço,
Cinza tudo após que eu passo -
O Fogo sou verdadeiro!
Friedrich Nietzsche
Poesia de 26 séculos - De Arquíloco a Nietzsche
Tradução de Jorge de Sena
Insaciado como o lume,
Eu brilho e ardo-me inteiro.
Luz se torna quanto eu faço,
Cinza tudo após que eu passo -
O Fogo sou verdadeiro!
Friedrich Nietzsche
Poesia de 26 séculos - De Arquíloco a Nietzsche
Tradução de Jorge de Sena
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Obras de Friedrich Nietzsche, na ordem em que foram compostas (fonte wikipedia)
- O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música (Die Geburt der Tragödie aus dem Geiste der Musik, 1872); reeditado em 1886 com o título O Nascimento da Tragédia, ou Helenismo e Pessimismo (Die Geburt der Tragödie, Oder: Griechentum und Pessimismus) e com um prefácio autocrítico. — Contra a concepção dos séculos XVIII e XIX, que tomavam a cultura grega como epítome da simplicidade, da calma e da serena racionalidade, Nietzsche, então influenciado pelo romantismo, interpreta a cultura clássica grega como um embate de impulsos contrários: o dionisíaco, ligado à exacerbação dos sentidos, à embriaguez extática e mística e à supremacia amoral dos instintos, cuja figura é Dionísio, deus do vinho, da dança e da música, e o apolíneo, face ligada à perfeição, à medida das formas e das ações, à palavra e ao pensamento humanos (logos), representada pelo deus Apolo. Segundo Nietzsche, a vitalidade da cultura e do homem grego, atestadas pelo surgimento da tragédia, deveu-se ao desenvolvimento de ambas as forças, e o adoecimento da mesma sobreveio ao advento do homem racional, cuja marca é a figura de Sócrates, que pôs fim à afirmação do homem trágico e desencaminhou a cultura ocidental, que acabou vítima do cristianismo durante séculos.
- A Filosofia na Idade Trágica dos Gregos (Philosophie im tragischen Zeitalter der Griechen - provavelmente os textos que o compõem remontam a 1873 - publicado postumamente). Trata-se de um livro deixado incompleto, mas que se sabe ter sido intenção de Nietzsche publicar. Trata-se, no fundo, de um escrito ainda filológico mas já de matriz filosófica disfarçada por uma pretensa intenção histórica. Considera os casos gregos de Tales, Anaximandro, Heráclito, Parménides e Anaxágoras sob uma perspectiva inovadora e interpretativa, relevadora da filosofia que é de Nietzsche.
- Sobre a verdade e a mentira em sentido extramoral[4] (Über Wahrheit und Lüge im außermoralischen Sinn, 1873 - publicado postumamente; edição brasileira, 2008). — Ensaio no qual afirma que aquilo que consideramos verdade é mera "armadura de metáforas, metonímias e antropomorfismos". Apesar de póstumo é considerado por estudiosos como elemento-chave de seu pensamento.
- Considerações Extemporâneas ou Considerações Intempestivas (Unzeitgemässe Betrachtungen, 1873 a 1876). — Série de quatro artigos (dos treze planejados) que criticam a cultura européia e alemã da época de um ponto de vista antimoderno, e anti-histórico, de crítica à modernidade.
- David Strauss, o Confessor e o Escritor (David Strauss, der Bekenner und der Schriftsteller, 1873) no qual, ao atacar a idéia proposta por David Friedrich Strauss de uma "nova fé" baseada no desvendamento científico do mundo, afirma que o princípio da vida é mais importante que o do conhecimento, que a busca de conhecimento (posteriormente discutida no conceito de "vontade de verdade") deve servir aos interesses da vida;
- Dos Usos e Desvantagens da História Para a Vida (Vom Nutzen und Nachteil der Historie für das Leben, 1874);
- Schopenhauer como Educador (Schopenhauer als Erzieher, 1874);
- Richard Wagner em Bayreuth (Richard Wagner in Bayreuth, 1876).
- Humano, Demasiado Humano, um Livro para Espíritos Livres (Menschliches, Allzumenschliches, Ein Buch für freie Geister, versão final publicada em 1886); primeira parte originalmente publicada em 1878, complementada com Opiniões e Máximas (Vermischte Meinungen und Sprüche, 1879) e com O Andarilho e sua Sombra ou O Viajante e sua SombraDer Wanderer und sein Schatten, 1880). — Primeiro de estilo aforismático do autor. (
- Aurora, Reflexões sobre Preconceitos Morais (Morgenröte. Gedanken über die moralischen Vorurteile, 1881). — A compreensão hedonística das razões da ação humana e da moral são aqui substituídas, pela primeira vez, pela idéia de poder, sensação de poder, início das reflexões sobre a vontade de poder, que só seriam explicitadas em Assim Falou Zaratustra.
- A Gaia Ciência, traduzida também com Alegre Sabedoria, ou Ciência Gaiata (Die fröhliche Wissenschaft, 1882). — No terceiro capítulo deste livro é lançada o famoso diagnóstico nietzschiano: "Deus está morto. Deus continua morto. E fomos nós que o matamos", proferido pelo Homem Louco em meio aos mercadores ímpios (§125). No penúltimo parágrafo surge a idéia de eterno retorno. E no último, aparece Zaratustra, o criador da moral corporificada do Bem e do Mal que, como personagem na obra posterior, finalmente superará sua própria criação e anunciará o advento de um novo homem, um além-do-homem.
- Assim Falou Zaratustra, um Livro para Todos e para Ninguém (Also Sprach Zarathustra, Ein Buch für Alle und Keinen, 1883-85).
- Além do Bem e do Mal, Prelúdio a uma Filosofia do Futuro (Jenseits von Gut und Böse. Vorspiel einer Philosophie der Zukunft, 1886). Neste livro denso são expostos os conceitos de vontade de poder, a natureza da realidade considerada de dentro dela mesma, sem apelar a ilusórias instâncias transcendentes, perspectivismo e outras noções importantes do pensador. Critica demolidoramente as filosofias metafísicas em todas as suas formas, e fala da criação de valores como prerrogativa nobre que deve ser posta em prática por uma nova espécie de filósofos.
- Genealogia da Moral, uma Polêmica (Zur Genealogie der Moral, Eine Streitschrift, 1887). Complementar ao anterior — como que sua parte prática, aplicada — este livro desvenda o surgimento e o real significado de nossos corriqueiros juízos de valor.
- O Crepúsculo dos Ídolos, ou como Filosofar com o Martelo (Götzen-Dämmerung, oder Wie man mit dem Hammer philosophiert, agosto-setembro 1888). Obra onde dilacera as crenças, os ídolosideais ou autores do cânone filosófico), e analisa toda a gênese da culpa no ser humano. (
- O Caso Wagner, um Problema para Músicos (Der Fall Wagner, Ein Musikanten-Problem, maio-agosto 1888).
- O Anticristo - Praga contra o Cristianismo (Der Antichrist. Fluch auf das Christentum, setembro 1888) - Apesar de apontar Cristo, mesmo em sua concepção "própria", como sintoma de uma decadência análoga à que possibilitou o surgimento do Budismo, nesta obra Nietzsche dirige suas críticas mais agudas a Paulo de Tarso, o codificador do cristianismo e fundador da Igreja. Acusa-o de deturpar o ensinamento de seu mestre — pregador da salvação no agora deste mundo, realizada nele mesmo e não em promessas de um Além — forjando o mundo de Deus como a cima e além deste mundo. "O único cristão morreu na cruz", como diz no livro que seria o início de uma obra maior a que deu sucessivamente os títulos de Vontade de Poder e Transmutação de Todos os Valores: uma grande composição sinótica da qual restam apenas meras peças (O Anticristo, O Crepúsculo dos Ídolos e o Nietzsche contra Wagner) não menos brilhantes que a restante obra.
- Ecce Homo, de como a gente se torna o que a gente é (Ecce Homo, Wie man wird, was man ist, outubro-novembro 1888) — Uma autobi(bli)ografia, onde Nietzsche, ciente de sua importância e acometido por delírios de grandeza, acha necessário, antes de expor ao mundo a sua obra definitiva (jamais concluída), dizer quem ele é, por que escreve o que escreve e por que "é um destino". Comenta as suas obras então publicadas. Oferece uma consideração sobre o significado de Zaratustra. E por fim, dizendo saber o que o espera, anuncia o apocalipse: "Conheço minha sina. Um dia, meu nome será ligado à lembrança de algo tremendo — de uma crise como jamais houve sobre a Terra, da mais profunda colisão de consciências, de uma decisão conjurada contra tudo o que até então foi acreditado, santificado, requerido. (… ) Tenho um medo pavoroso de que um dia me declarem santo: perceberão que público este livro antes, ele deve evitar que se cometam abusos comigo. (… ) Pois quando a verdade sair em luta contra a mentira de milênios, teremos comoções, um espasmo de terremoto, um deslocamento de montes e vales como jamais foi sonhado. A noção de política estará então completamente dissolvida em uma guerra de espíritos, todas as formações de poder da velha sociedade terão explodido pelos ares — todas se baseiam inteiramente na mentira: haverá guerras como ainda não houve sobre a Terra." [5]
- Nietzsche contra Wagner (Nietzsche contra Wagner, Aktenstücke eines Psychologen, dezembro 1888).
Artigo de Sylvia Beirute
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Na Série Poetas: Alejandra Pizarnik; Ana Luísa Amaral; Antonio Cícero; António Ramos Rosa; Cesare Pavese; Edwin Morgan; Fernando Esteves Pinto; Ferreira Gullar; Friedrich Nietzsche; Gertrude Stein; Gunnar Björling; Herberto Helder; Leonard Cohen; Pablo Neruda; Ricardo Domeneck; Roger Wolfe; Samuel Beckett; Seamus Heaney; Sylvia Plath; Theodore Roethke.
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muito legal, obrigada. bj
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