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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

POEMA PARA OS DEUSES - PEDRO CALOUSTE
























POEMA PARA OS DEUSES

juro que hoje escrevi um poema
num café
de tarde
e o deixei por momentos 
em cima da mesa
para ir à casa-de-banho.
quando voltei ele já lá
não estava
talvez levado
pelo empregado
pensando que era lixo.
por tais factos, é um poema 
para os deuses.

Pedro Calouste
inédito
.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

NOTÍCIAS DE HOJE - PEDRO CALOUSTE - POEMA



















NOTÍCIAS DE HOJE

o abismo de uma pessoa é a sua esperança
defraudada;
a beleza atribuída a um corpo que carrega uma pessoa
nunca foi uma questão de justiça.
um homem fala na televisão sobre a relação
entre o amor e a pobreza material;
um dos mineiros, mario sepúlveda,
vindo das profundezas do seu interior urbano
chega à superfície
com felicidade e pedras.

Pedro Calouste
inédito

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

RICARDO QUARESMA E SARKOZY

















depois de ver esta notícia parece que o futebolista português Ricardo Quaresma está impossibilitado de jogar por qualquer clube francês.

Pedro Calouste

terça-feira, 14 de setembro de 2010

QUANTO MAIS DEPRESSA, MAIS DEVAGAR



















QUANTO MAIS DEPRESSA, MAIS DEVAGAR

quanto mais depressa, mais devagar. é sempre assim. foi assim ontem, esta manhã, antes de ontem. é como se a pressa  possuísse, ela mesma, um conjunto de actos ocultos, actos que  escapam à vontade, mas que existem, vão existindo, fazem com que o seu cúmulo densifique  eficazmente o tempo disponível, esgotando-o sem piedade. e depois estava eu, esta manhã, fora do meu tempo, fora do tempo, apenas à janela. estar fora do tempo é não existir para aquele momento, disse alguém que passava.

Pedro Calouste

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ORAÇÃO PARA MAU-OLHADO, INVEJA E QUEBRANTO






















ORAÇÃO PARA MAU-OLHADO, INVEJA E QUEBRANTO

Senhor, santificado seja o vosso nome.
Amai os que me não desejam bem,
os que buscam aventurar-se
na minha alma cansada e com o mal
se consolam a si mesmos.
Transformai-os em criaturas bondosas,
capazes, com a sua vontade nova e natural,
de destruir o seu mau-olhado, inveja
e quebranto; que procurem em vós um sinal,
a luz que os ilumine os olhos e o bom caminho
e percebam que o desejo de mal é reflexo
e se virará contra si mesmos.
Senhor, assustai-os leve e benignamente,
apelai para que a sua aura se engradeça de
boa sede e boa fome, para que a salvação
não demore e o mundo se funda 
no que puder ser fundido.
Glória ao pai, Glória ao Filho, Glória
ao Divino Espírito Santo.
Com esta oração serei defendido,
os meus adversários amar-me-ão, o seu
ódio cairá por terra, liberto e
sem desejos maus, rendendo-se
ao Senhor, a Nossa Senhora de Fátima,
a São Benedito, São Cosme e São Damião.

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém. 

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Envelope - José Maia Pamplona - Poema


















ENVELOPE

                    a Sylvia Beirute

onde poderia eu errar
se na elevação da cor
do primeiro ciclo
se na distância de um
telefonema onde poderia eu
ser toda a vida
e uma ruptura de coisas
no vidro
no fim do rosto
para lá dele
para lá do esquecimento
que se dissipa no silêncio vivo
no abismo do espaço 
sem um espaço menor 
que lhe ampare a diferença 
emocional
onde poderia eu errar
senão na formulação
de perguntas direccionais
na voz de cada janela
de visão funda
na beleza que se remexe
para lá da que vejo.

José Maia Pamplona
inédito

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Cápsula - Pedro Calouste - Poema


























CÁPSULA

que se dirá do poema
enquanto coisa perdida
se este tem uma sombra
que reproduz
a cor da sua substância?
que me retransportem.
que me deitem fogo.
este é gerundiamente emocional
porque com reacções alérgicas,
é escrito com inesquecibilidade
e com whisky e vodka,
e um silenciador de voz
na leitura final.
está pronto a beber da cápsula.

Pedro Calouste
inédito