ROUGE
{a um namorado}
ninguém vê a magia das coisas porque a magia co-
meça e acaba antes da razão, precede a razão,
e é fechada na imediatez das cortinas da glande
que é este mundo. } e, por outro lado, é infinita
como tudo aquilo que é demasiado grande
para os exercícios que os olhos podem executar.
mas claro: isto não é desculpa, não é desculpa para dizer
que não encontro os meus detrimentos e anti-óbvios
de modo a que se instaure em mim uma indústria
de excepção. } na realidade, {serei honesta} ,
há uma completíssima incompletude nos meus
dedos de teatro, comecei a ver a beleza física
presa nos átomos que a puxam
para-dentro-e-para-dentro até ao frio do corrimão
entre os fluidos e as mãos. não consigo
dominar a natureza, pedirei desculpa
quando o universo completar uma volta
e a memória preceder o corpo.
Sylvia Beirute
inédito
obrigado, Sylvia, pela referência aos deuses.
ResponderEliminarHá todos os delizes essenciais...
ResponderEliminarTem toda a razão
ResponderEliminarA sua inquietude
ResponderEliminaré poesia
Passando e descobrindo a beleza desse lugar!...
ResponderEliminarGrata!
Poeta.
ResponderEliminarverdadeira artista.
ResponderEliminarWOOOW!
ResponderEliminarEstá completamente maravilhoso.
verdadeira poeta.
pois é, a magia das coisas está na memória, naquela que se furta à razão, naquela que não se dá com ela ao ponto da razão nem sequer a conhecer.
ResponderEliminara magia começa e acaba antes da razão :)
ResponderEliminarGosto Muito :)
Belo
ResponderEliminarSuperbo. Difícil de encontrar algo assim para ler.
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