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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Um poema de Sylvia Beirute - Saudade

























SAUDADE

se bem que o conjunto de vocábulos {quarto de hotel}
ou a referência a um qualquer
nome próprio e apelido conhecidos,
{como fernando pessoa, por exemplo}
ou ainda a algum lugar exótico, ficassem bem nes-
te poema, como é, sem negação possível, a tendência
actual, não o farei.

porque nos poemas, assim creio, o sujeito só deve representar
o que sente
e, precisamente e enquanto tal, neste poema
só tenho a dizer o que sinto: e o que sinto é que
esta saudade sem distância
é tão simplesmente
um enorme inalador de silêncio.

Sylvia Beirute
inédito

10 comentários:

  1. E, no entanto, há silêncios ruidosos.

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  2. Adorei... Conseguiu transmitir o que realmente pretendo assimilar quando leio um poema! Isto porque os poetas têm a tendência de ser por demais exagerados, fingidores, falsos, até! Estrofes longuíssimas, linguagem exacerbada, inúmeras figuras de estilos desnecessárias e que, em demasia, té caem mal! Mas desta vez, consegui ler algo que me soa a franco e a verdadeiro, o que não acontecia há muito tempo... Conseguiu sem rodeios, meias palavras, referir o que sentia - saudade - sem ser igual aos demais! Parabéns.

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  3. "esta saudade sem distância
    é tão simplesmente
    um enorme inalador de silêncio."

    Perfeitamente, e tão somente isso, a semente que brota sem saber que não sera regada, mas persiste!

    Lindo.

    Elis Barbosa

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  4. Uma saudade sem distância não é mais do que sentir o sabor amargo do principio do fim.

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  5. Actualiza-se, sim senhora.
    Já está, aliás. Espero que não leves a mal.
    E obrigado por comentares porque me fez vir aqui.

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  6. Olaaaaaaa , vim te visitar ...
    Adorei a maneira como distribiu as palavras
    O pensamento se expandiu maravilhosamente bem e " esta saudade sem distância" é tudo de belo
    Um Abraço Apertado

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  7. saudade sem fim, saudade que nem se sabe de onde vem e a partir de quando surgiu, apenas existe.

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