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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Um poema de Sylvia Beirute - Idioma



























IDIOMA

pedem-me que desperdice, que deixe estar,
que me desnomeie com um defeito do sono,
e que desse início desafie uma erudição
com um incêndio no idioma de dentro.
depois oferecem-me uma porta, uma porta
que quando bate sobrepõe
um silêncio de limão sobre a coxa, que
hetero-consome e auto-escurece. dizem-me:
desperdiça, sylvia, deixa {r}estar, põe
cada pé em cada prato da balança do
inacontecido saudável, prediletiza a partir
desse ponto até à humidez do teu ego de exposição.
por fim, deixam-me uma janela que ensina
o modo como os sujeitos procuram os predicados
que inutilizam, e
mostra explicando
a independência da incompletude
daqueles que crescem como flores.

Sylvia Beirute
inédito

3 comentários:

  1. que as tuas palavras possam estar sempre nos nossos lábios. muito perto do coração.

    feliz 2010
    feliz TUDO

    :)

    ResponderEliminar
  2. Que muitos silêncios de limão venham em 2010 para todos nós. abraços do brasil.

    ResponderEliminar