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domingo, 7 de março de 2010

Um poema de Sylvia Beirute - Infância do Procedimento





















 INFÂNCIA DO PROCEDIMENTO

{a selva dipasquale}

um absurdo começo. uma forma que muda de lugar
para que a substância nunca
seja revelada. e eu que aceito que tudo
o que é belo não aceita a sua placenta.
que tudo se coloca sob o ponto de vista estético: os felizes
que emulam o corpo:
as pessoas que saem de sequências directas de tempo
para que o tempo atinja as suas metas sem passar
pelas cabeças que ainda assim respiram para baixo
e depois esticam, para os lados e para cima, para que a
Respiração forme um cubo
por onde a respiração impermitida se não atravessaria.
e em seguida, o começo absurdo que se repete
sem perder a forma de um começo.
e que excitante é a estética repetida de um começo.

Sylvia Beirute
inédito

3 comentários:

  1. " excitante é a estética repetida de um começo"...
    te leio, moça.

    ResponderEliminar
  2. Oá moça peço mil perdões pela minha ausência
    Como sempre seus escritos sempre nos remete a algo inemaginavel
    saudações da Grâ Ordem da Unidade Cósmica

    ResponderEliminar
  3. gosto muito da sua poesia, o uso das palavras, o manuseio dos sentidos, é muito envolvente, muito bom, parabéns!

    =)

    ResponderEliminar