DESENHO
{ao meu namorado}
vieste encorpar uma nuvem fria,
a mais convulsiva,
contar segredos às propensões
do corpo infinito, segredos
que eram como aqueles outros
em que resignei sua exaustividade
para fazer acontecer os braços irregulares
de camaleões semi-calmos de exaustão
até às reticências
das gotas.
vieste chover por baixo da minha
métrica maternal com lineares vindimas,
estrangular o ritmo da limpa concreção,
trepar um sujeito longe de algo
que o predicasse
como a paisagem predica
um dia mudo e maravilhoso, violento e
inesquecível.
nós somos nós, nada mais; quer haja
um prazer muito branco ou uma loucura
muito hábil,
muito hábil,
quer haja uma primeira ou segunda
infâncias conscientes,
infâncias conscientes,
quer haja amor inconforme
ou um pedaço mútuo de razão
germinando numa nuvem muito alta.
Sylvia Beirute
inédito
ufa!! que intenso! belo! gosto tanto disso: "um prazer muito branco ou uma loucura
ResponderEliminarmuito hábil". grande abraço.
parabens pra ele então que ganhou algo assim e alguem,...
ResponderEliminartenho acompanhado este blog anonimamente e nunca comentei. confesso que estava a sentir falta de material novo. foi algo a que me habituei. um cafe de manha e vir aqui espreitar (a primeira coisa do dia!). a melhor poesia portuguesa esta a passar por aqui e alegra-me ainda ser uma descoberta de poucos;)
ResponderEliminarOlá Sylvia
ResponderEliminarBelíssimo! é muito bom ter de volta a sua poesia!
Abraço
OLÁ SYLVIA É BOM VOLTAR A REVER-TE AINDA QUE COM UM NOVO VISUAL - GOSTO MAIS - E CONTINUANDO A POETAR COM A MESMA FORÇA DE SEMPRE.
ResponderEliminarSE NÃO SE IMPORTAR DÊ UMA OLHADELA AO MEU BLOGUE
ETPLURIBUSEPITAPHIUS.BLOGSPOT.COM E COMENTE SE LHE APETECER.
BIBLIOTECA NACIONAL, 10/04/2010 - nINGUÉM (jORGE mANUEL bRASIL mESQUITA) - 16h03
ritmo que se "desenha" e nos "desenha" -
ResponderEliminar"nós somos nós - nada mais!"
bom visitar seu blog, Sylvia!
abraços.
Bonito. Intenso!
ResponderEliminarBjs
Obrigada pela visita.
Manu
LAVAS DE PALAVRAS
ResponderEliminarLAVRAM O FOGO DO NADA
E ESCREVEM A SINFONIA
DE QUEM CHORA LÁGRIMAS DE CHUVA
COM ESPERANÇAS
DE QUE O HÚMUS
SEJA UMA FILOSOFIA DE FUTURO
nINGUÉM (jORGE mANUEL bRASIL mESQUITA) - 14H47 - BIBLIOTECA NACIONAL
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"ou um pedaço mútuo de razão
ResponderEliminargerminando numa nuvem muito alta."
tal fim é um extra
to
parabéns aos dois (enamorados)