NO DIA DA MORTE DE JOSÉ SARAMAGO
{poema de homenagem}
agora, livre da coadjuvância das afectações: os
deuses se escondem nas artérias do teu
deuses se escondem nas artérias do teu
silêncio, na tua fraqueza perfeita porque
sem o hábito de se auto-observar.
voltaste a ti: numa outra intermitência da morte, com
o sublime que é tudo aquilo que ignora um todo e
conduz uma perspectiva até ao quociente interno
de uma invisibilidade que fala através
do teu questionário incicatrizável.
e daí tudo vês: vês-me faltar de propósito à
conclusão do meu poema, vês o peso
da omnipresença do abstracto, da hora antiga,
vês as minhas infâncias e urgências juntas e tar-
vês as minhas infâncias e urgências juntas e tar-
dando hoje em se converterem, devolvendo-me
ao que eu era: ao início do dia.
Sylvia Beirute
inédito
HOmenagem digna de aplauso. Palavras sublimes que enfeitam o silêncio dos corações órfãos.
ResponderEliminarBeijo.
Ao Saramago devo o início da paixão pela literatura portuguesa. Não é pouco.
ResponderEliminarum poema que tem algo de biográfico de josé saramago e também o teu sentimento de vazio.
ResponderEliminarescrito como só tu sabes. parabens.
Bela homenagem em tão bem costuradas palavras.
ResponderEliminar"Os poetas sabem se consolar sempre", literalmente.
Abraços com pesar,
Belo poema. E bela homenagem.
ResponderEliminarQue Saramago viva eternamente nas páginas dos seus livros na memória dos que o recordarão como um génio e um homem livre.
Um abraço,
Samuel Pimenta.
Belíssima homenagem...
ResponderEliminarabraço!
Gostei da homenagem feita. leitor e autor: caminhos que se entrelaçam. ;-)
ResponderEliminarO poema da saudade no nascedouro é aquele que nunca queremos encetar. Solidarizo-me com você e seu Portugal neste momento inconsolável. Também me reporto àquele seu poeta que partiu faz dias.
ResponderEliminarBeijo!
excelente! O tripalio tem lido alguns poemas seus e tem-se rendido... este é um deles!
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