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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Um poema de Sylvia Beirute - Sun Tzu






















SUN TZU

Se o inimigo deixa uma porta aberta, precipitemo-nos por ela
                                                              Sun Tzu 

e existe-me um animal que é um ponto de infra-
-superação e sintoma precoce de semi-inexistência;
ele diz que as matérias que uso nos neuropoemas
são de silêncio rápido em disfunção áspera, que
vivo no polimento do perímetro, que apenas sei
interrogar para a frente e não domino a lista civil
com os nomes daqueles que aqui entram e saem
em busca dos lados obtusos da minha oratória; eu
recordei-lhe que ele era apenas uma simples
criação, apesar de versada em sun tzu e com o
mesmo nome, uma estética de equilíbrio
para que eu não viva-ou-morra feita protocolo
e antes me insubstitua no efémero intermédio
de uma inteligência adjacente a uma beleza
com o único propósito de acender e imensar
de distância e verbo as ruas da tarde.

Sylvia Beirute
inédito

3 comentários:

  1. Às vezes é preciso se debruçar com mil olhos sobre certos versos...

    Abraços,

    ResponderEliminar
  2. Sylvia,
    Este poema parece complementar o "Modelo de Admissão".
    Quem se dispõe a compor a lista civil de uma poeta, nada lhe pode exigir em troca, pois é um gesto que não lhe altera a substância das palavras. Deve aprender a guardar o seu silêncio. Os poemas aos poucos nos desvelam...
    Beijo!

    com o tempo nos
    MODELO DE ADMISSÃO

    é como disseste:
    só uma pessoa que ama outra
    pode e sabe guardar o seu silêncio, mover as suas
    falhas orgânicas e os seus vultos erguidos,
    ler os erros que não são mais do que instintos que perdem
    a consciência, tornando-se
    autênticos e desmetafóricos.
    e uma falha no silêncio pode não gerar uma fala
    ou outro silêncio, sequer meter um ebulidor da
    linguagem, bem como
    uma falha no tempo de morrer pode não querer
    representar a vida comunicante.
    uma coisa é certa, e assim o oculto: um quilómetro
    enrolado será sempre um quilómetro,
    ainda que manifeste uma memória imediata,
    uma distância perto.

    Sylvia Beirute
    inédito
    Mais Poemas em Beirute:

    ResponderEliminar
  3. Diria Pessoa "sentir,sinta quem lê"

    Eu sinto a beleza estética...à flor
    da p.ele.


    Beijo

    ResponderEliminar