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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O ORÇAMENTO DO ESTADO

























O ORÇAMENTO DO ESTADO

A novíssima posição publicamente assumida pelo PSD (segundo Pedro Passos Coelho "um último esforço" para viabilizar o Orçamento do Estado) é um retirar de tapete a um PS que preparava a sua demissão, deixando a elevada factura de tal situação, consequência da existência de um governo em gestão corrente e um país parado, para os sociais-democratas. O que não se entende é o tempo que se levou até aparecer um quadro de propostas mais ou menos concretas, com base no qual, pelo menos, haverá uma margem negocial. Neste momento o PS não poderá mais atirar quaisquer responsabilidades para outros, necessitando urgentemente de reunir, fazer novamente contas à vida, e, por que não, olhar para umas sondagens em que, mais coisa menos coisa, há um fifty-fifty que paira no ar, fazendo lembrar a cena inicial do matchpoint, o filme.
Por outro lado, esta coisa estranha chamada eleições (antecipadas ou não) acaba por viciar os actos que se seguem. É que mesmo que as propostas do PSD, tardias mas bem-vindas, sejam acolhidas, não há certezas de que a meta do défice seja atingida. Que fazer, então?!, alguém pergunta. Outro alguém assobia.

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