VERÃO INDIANO
Conheço os lamentos do último abismo:
Caminhei em piscinas negras e frias sem uma estrela;
Deitei-me sobre a pedra de uma discussão;
Ouvi a vaia execrável de uma serpente;
Sonhei com o sol, árvores de fruto, o beijo da virgem;
Acordei sozinho com a meia-noite longe e perto,
E uma fome eterna, afiada para matar;
Mas eu insurjo-me, a minha recompensa é esta:
Não sou jamais apenas um numa multidão.
E apesar de o nome ser nada, lábios fracos,
Pareço conhecer pelo menos a canção imensa;
E sem corar, sem tremor no rosto,
Reclamo associar-me aos grandes e aos fortes
Que sofreram doentes e mantiveram o dom de falar.
William Ellery Leonard
versão de Pedro Calouste
Silvia, não conheço esse autor, de onde é? Onde conheceu-o? Interessante o caminho que ele traça. Olha, é muito legal esse papel de mostrar outros autores, parabéns!
ResponderEliminarTenho rolado por esse mundão de blogs e sites literários sem porteiras e até agora não vi um que me saciasse tão profundamente quanto o da Sylvia, e cá pra nós mero mortais, não é nenhuma rasgação de seda... a mulher manda e desmanda no que faz tão bem feito.
ResponderEliminarShow de Peteca, como costumo dizer pelas coisas boas que vejo...