PARIS AO LUME
a subjectividade é a distância que vai
da realidade ao poema.
a subjectividade não faz parte do contexto original.
um contexto nunca é uma coerência íntima.
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e as palavras ainda colidiam com a sua dissolução
quando as vi. sem finitude. diziam «paris»
no seu contexto subjectivo e fulgorante.
na sua evolução pela morte em estabilidade
lenta. e protesto. e lume.
protesto numa sombra criadora, ontológica,
tirada com violência de uma ausência invisível,
de um nome interposto entre a memória
e a pele de uma outra palavra.
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Sylvia Beirute
inédito
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