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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PAULO JOSÉ MIRANDA: POEMAS DE "O TABACO DE DEUS"





















Deus enrolava-nos vagarosamente
para acabarmos entre os seus dedos.
A esse seu prazer chamou tempo
e onde havia dor nasciam cigarros.
Pensou no fogo como sendo belo
de modo a morrermos maravilhados.

Paulo José Miranda
em O Tabaco de Deus,
Cotovia, 2002

*

PRINCÍPIO

Quando nasceu, vinha morto.
De cordão umbilical ao pescoço,
asfixia, roxo.
Seria um facto triste
não houvesse outro mais cruel:
o irmão haveria de viver.

Paulo José Miranda
em O Tabaco de Deus,
Cotovia, 2002
.

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