A vida, é certo, / não vale a sua perda, /
mas os jovens pensam que vale, / E nós éramos jovens.
mas os jovens pensam que vale, / E nós éramos jovens.
A. E. Housman
se o amor é um poeta obscuro, é a sabedoria de uma equação mal resolvida, pouco importa para nós; nós que passamos para depois do lucro divino da mão docemente sinistra, maneira de arrombar o espírito familiarmente anunciado com a alegria de agarrar o medo e tomá-lo voluntariamente como comprimido, como morte pensada, como avistamento próprio na retórica de uma cidade que soluça às portas do seu dinheiro.
e muito para além de tudo está o nosso sonho em voz alta entre febre e frio, o sonho eléctrico de uma lisboa mal revisitada, passeio para depois da semi-eficácia da morte.
e nós ainda respiramos. respiramos como se toda a respiração fosse uma pergunta. respiramos como se nos absorvêssemos.
Sylvia Beirute
inédito
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Belo texto, Sylvia. Um 2011 cheio de completude pela palavra.
ResponderEliminarSylvia,
ResponderEliminarque texto!..fico-me nesta Lisboa revisitada, tão fria e calculista, mas no sabor das tuas palavras.
bj
E broches, não fazes? Aposto que tens mais jeito para tal do que para a poesia. :)
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