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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA - AMOR, PALAVRA, PAIXÃO, SACRIFÍCIO, FINITUDE

























AMOR

O amor é talvez a fronteira mais íntima de cada ser humano. É ao mesmo tempo a viagem mais longa que cada um de nós pode fazer. O amor implica uma consciência de si e a capacidade de estabelecer uma relação com o outro. Simone Weil dizia: "no princípio era a relação".


PALAVRA

A palavra, juntamente com o silêncio, é talvez o grande sintoma da nossa humanidade. As melhores palavras são aquelas que se parecem com o silêncio.


PAIXÃO

A vida sem paixão é uma vida diminuída. A paixão é o que dá o sentido da transcendência. Na paixão há emoção, entrega e sentimento de si. A paixão é a condição necessária para a experiência da plenitude e também para a experiência da solidão.


SACRIFÍCIO

O sacrifício é uma palavra inactual, é talvez a palavra que mais precisamos de descobrir, porque é uma palavra de gramática do amor, ao contrário do que se pensa. Não há amor que não inclua, no mais nuclear da sua vivência, a noção e a prática do sacrifício. O sacrifício é essa capacidade oblativa de se fazer dom e é a capacidade de amar até ao fim, até às últimas consequências. O sacrifício é muito impopular na nossa cultura, mas é algo que precisamos de voltar a pensar.


FINITUDE

A finitude é aquilo com que nos debatemos todos os dias. Todos os dias começam e acabam e isso não nos é indiferente. Por vezes é tranquilizante, mas, por outro lado, amplia a sede que temos de infinito.


José Tolentino Mendonça

José Tolentino Mendonça é poeta, padre diocesano, professor e investigador em Estudos Bíblicos na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa e capelão na Capela do Rato.
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