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sexta-feira, 18 de março de 2011

MORTE SÚBITA - SYLVIA BEIRUTE - POEMA

























MORTE SÚBITA

não quero morrer às vezes.

quero morrer em bloco 
mas também
não quero que seja entre 

o espaço e o tempo

porque entre o espaço 
e o tempo
não há um para sempre,

nem nunca houve.

Sylvia Beirute
inédito
.

4 comentários:

  1. Um hífen, à revelia do acordo ortográfico, resolverá um dia (e que esse dia esteja muito longe) a questão levantada pelo poema do "(...) entre//o espaço e o tempo//(...), com o espaço-tempo, para sempre.
    Belo poema.

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  2. Muito bonito.

    http://chegadessaudade.blogspot.com/2011/03/forca-do-chao-no-ceu.html

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  3. Nunca chorei tanto, Sylvia, nunca...

    meu Pai, que era e inda é meu solo numa porção de coisas, morreu em 1998, e(após vírgula na garganta, no papel, no papelão...) nunca, inda eu, nunca havia chorado tanto...

    A Senhorita acabou de arrancar da minha garganta, muitos soluços entalados!



    ...e nem pra emprestar um lencinho!


    beijo.

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  4. Casualmente, o primeiro que vou traduzir hoje, Sylvia:

    Improviso sobre o espaço e o tempo...

    Tempo e espaço
    o tempo que mingua da eternidade
    e o espaço infinito
    que só não cabe no coração falível
    o tempo emagrece nos astros minha amiga
    e o espaço tem a forma de uma cela
    sem grades
    esse tempo que já não me pertence
    esse espaço que adoeceu mortalmente nas minhas mãos.

    Ademar Santos
    13.10.2007
    http://abnoxio.weblog.com.pt/

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