A fotografia tem desempenhado um papel importante no conceito deste blogue. É inegável. Uma boa fotografia pode impor uma determinada interpretação para a um texto. Os meus critérios de escolha são por vezes arrojados. A fotografia não representa fielmente a literalidade do texto. Por vezes até é o seu contraponto, a sua oposição, a sua negação. Porque também é assim que vejo a poesia. E é a poesia que verdadeiramente me interessa. A imagem é um acessório importante para provocar um efeito que pretendo. Nada mais. Gosto da poesia que respira em cada palavra. cada palavra como um centro gravitacional autónomo, com o poder de mudar o todo se nela nos detirvemos mais do que cinco segundos.
São interessantes as leituras que me vão chegando do meu livro "Uma Prática para Desconserto" (4Águas, 2011). Os poemas surgem necessariamente desacompanhdos de imagens. O que remete para a interpretação mais básica, mais literal, um pouco mais directa (o termo aqui é insultuosamente infeliz). Essa experiência tem-me feito regressar à génese, ao momento da sua redacção, ao seu sentimento. E que bom que tem sido.
Sylvia Beirute
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Concordo, Sylvia. Sucesso com seu novo livro!
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