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sábado, 5 de novembro de 2011

LUGARES-COMUNS

























LUGARES-COMUNS

O problema das coisas simples é que se tornam, mais tarde, lugares-comuns. No outro dia lia uma entrevista dada por Pedro Pinto (conhecido jornalista português e que está a ter uma carreira extraordinária na CNN - agora em Londres) em que este dizia que temos todos de dar as mãos, trabalhar mais e, sobretudo, trabalhar em conjunto. Claro que todos nós já ouvimos isto dezenas de vezes. E tantas vezes que é o tipo de discurso que quase entra por um ouvido e sai pelo outro. Mas são as coisas simples, as coisas de base (estes lugares-comuns) que fazem cada vez mais sentido, especialmente numa época de crise. Creio que falta, de facto, que muita gente com responsabilidades se sente à mesa e diga: "o tema da nossa reunião é: como é que podemos produzir mais? Como é que podemos criar riqueza?". E o problema (e a inércia irrita ainda mais) quando vemos comissões parlamentares de inquérito como aquela que trouxe o ex-secretário de estado Paulo Campos ao Parlamento para discutir algo que não aquece nem arrefece aos portugueses. Será que aqueles parlamentares que lá estiveram a debitar perguntar e em acções de pseudo-indignação (veja-se o caso do Bloco de Esquerda que até abandonou a sessão, e o Partido Comunista que próximo disso ficou) não tinham mais nada com que ocupar o tempo? Onde é que está o apoio à indústria? Que programas existem? Onde estão os apoios, especialmente a nível fiscal, que façam com que as nossas empresas consigam sobreviver? O que se está a fazer para manter ou aumentar os números do nosso turismo?
Há que voltar aos bons lugares-comuns. Encetarmos uma nova forma de fazer política em Portugal. Darmos as mãos em prol de mais e melhores oportunidades para os nossos agricultores, os nossos empresários, os nossos cérebros (e não estimular a sua fuga, como a semana passada um secretário de estado do actual governo fez). Não vejo isso na política actual. Talvez a arte e os artistas tenham uma palavra a dizer neste estado de coisas. Vou pensar no assunto.

Sylvia Beirute
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