DESEJO INFINITESIMAL
{que horas eram quando o tempo acabou?}
{que horas eram quando deixaste de
poder reproduzir clandestinamente a explicação
da conclusão do desejo infinitesimal?}
{que horas eram quando a razão de espírito
substituiu a de ciência na ocupação do abraço?}
{que horas eram quando te adiantaste à felicidade
no dia que dilui
na percepção multiforme da multidão?}
{que horas eram quando a boca simulou
o silêncio com princípios aleatórios?}
{que horas eram quando deixaste que a alma
somasse corpos e subtraísse outros?}
{que horas eram quando viver era deixar morrer
e a solidão incomunicável?}
{que horas eram quando o tempo acabou?
que horas eram?}
Sylvia Beirute
inédito(Londres, 22 de Novembro de 2009)
Pois gostei muito deste poema de hoje. Que blogue!! Bjs
ResponderEliminarNasceu um mar suspenso.E as mãos bebendo a madrugada do [meu] corpo.
ResponderEliminar"que horas eram quando deixaste que a alma
ResponderEliminarsomasse corpos e subtraísse outros?"
Muito Bom! Gostei demais do seu espaço.
Poesia boa, que alimenta!
ResponderEliminarsaudações.
Era a hora em que o tempo pára.
ResponderEliminarLindo texto!
Beijos.
são sempre horas de ler poesia. boa noite.
ResponderEliminarLindo +.+
ResponderEliminarE de novo (nessa hora) se fez manhã. Esvoaçam tristezas por entre sorrisos de papel. Correm corações. Atrasados. Correm inutilmente em busca do passado. Somos muitos, todos juntos formamos a solidão.
ResponderEliminarbeijo
Francisco.
Uma foto lindissima.
ResponderEliminarfoda demais!
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