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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Um poema de Sylvia Beirute - Desejo Infinitesimal




















DESEJO INFINITESIMAL

{que horas eram quando o tempo acabou?}
         {que horas eram quando deixaste de
poder reproduzir clandestinamente a explicação
         da conclusão do desejo infinitesimal?}
{que horas eram quando a razão de espírito
     substituiu a de ciência na ocupação do abraço?}
{que horas eram quando te adiantaste à felicidade
                       no dia que dilui
         na percepção multiforme da multidão?}
{que horas eram quando a boca simulou
           o silêncio com princípios aleatórios?}
{que horas eram quando deixaste que a alma
         somasse corpos e subtraísse outros?}
{que horas eram quando viver era deixar morrer
              e a solidão incomunicável?}
{que horas eram quando o tempo acabou?
                              que horas eram?}

Sylvia Beirute
inédito

(Londres, 22 de Novembro de 2009)

10 comentários:

  1. Pois gostei muito deste poema de hoje. Que blogue!! Bjs

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  2. Nasceu um mar suspenso.E as mãos bebendo a madrugada do [meu] corpo.

    ResponderEliminar
  3. "que horas eram quando deixaste que a alma
    somasse corpos e subtraísse outros?"

    Muito Bom! Gostei demais do seu espaço.

    ResponderEliminar
  4. Era a hora em que o tempo pára.

    Lindo texto!

    Beijos.

    ResponderEliminar
  5. são sempre horas de ler poesia. boa noite.

    ResponderEliminar
  6. E de novo (nessa hora) se fez manhã. Esvoaçam tristezas por entre sorrisos de papel. Correm corações. Atrasados. Correm inutilmente em busca do passado. Somos muitos, todos juntos formamos a solidão.

    beijo
    Francisco.

    ResponderEliminar