A JUNÇÃO DE ELEMENTOS ESSENCIAIS EM ORDEM À FORMA
a {esquizofrenia} cria a segunda mobilidade do corpo
assim como o {esquecimento}
mas não como {a memória}.
a memória serve-me hoje para escrever
sobre os lugares onde vivi -
entre esses lugares coreografados, como
que se sem eles não mantivesse {a função}
e o esquecimento a roesse e
a esquizofrenia a sobrepusesse com
o seu ferro em brasa.
mas talvez {eu} tenha as três e por esta ordem:
- esquizofrenia
- memória
- esquecimento
talvez, para terminar este poema, tenha apenas
de cerrar os olhos
para que as três se unam na aurora de um sentido regravável
e a criatividade passe.
Sylvia Beirute
inédito
tudo o escreves está num nível mt elevado, sylvia. tenho lido tudo desde o início do blogue e é pérola atrás de pérola. gostas de deambular por campos novos, arriscas, ousas. arrisco-me a dizer que em portugal nao ha ninguem assim no momento actual. se souberes gerir bem as coisas (ou alguem por ti, um editor) tens o "portugal literário" a teus pés.
ResponderEliminarEsse surrealismo que a memória alcança, toca nos elementos da estranha ordem do universo...
ResponderEliminarUm beijo
Chris
Ana coreto: É tudo isso.
ResponderEliminarCara Sylvia,
ResponderEliminarescolhi teu poema "A disposição do corpo para as suas funções emotivas" para divulgar na coluna Poetas na Rede, do Imaginário Poético.
Teu poema me inspirou muitíssimo e assim acabei escrevendo um longo comentário sobre ele. Peço desculpas antecipadas se o interpretei mal. Caso isso tenha ocorrido, foi resultado daquela apropriação natural e própria dos belos poemas na alma de quem o lê. Jamais resultado de má intenção.
Espero que gostes da imagem escolhida.
Abraço,
dp
Se não encontrar um editor, eu acho que a Silvia deve participar em concursos literários lançados pelas câmaras municipais, e há muitos por aí. Além de editarem a obra, ainda pagam bem pelo primeiro prémio.
ResponderEliminarobg pelos conselhos sobre edição. não é algo que me preocupe muito. o que tiver de ser será:)
ResponderEliminarA criatividade repentina é atordoante, mesmo as mais lânguidas. A mémória é o espaço que nunca existiu e se faz constante prensente. Se escrevo é para esquecer e ser lembrado por outros.
ResponderEliminarAssim como você, fecho meus olhos.