OUTONO
{cada vento tem o seu próprio outono
e cada próprio outono tem os seus veios.
cada veio tem o seu coral e este a sua declaração.
cada vento tem, pois, a sua fenda
e cada fenda tem a sua respiração, porque é
insofismável que cada massa de silêncio
corresponde a uma desordem.
cada vento tem, claro está, a sua maneira de ser
porque cada outono transborda, e o resultado
do seu alagar de leito é um pensamento
em potência e ainda sem um mundo de expressão.}
{passam ventos diferentes em outonos diferentes,
respiro leitos de ar diferentes pela porta dos fundos
de uma forma de nexo trémula. lá longe
a arborescência parece indicar um sono profundo
e talvez alguém aproveite para sonhar.}
Sylvia Beirute
inédito
muda
ResponderEliminarnça
Cinco estrelas!
ResponderEliminarSylvia:
ResponderEliminarQue agradável surpresa o teu blog que desconhecia!
Hei-de regressar---muitas vezes: tantas 'coisas' fascinantes não se fruem de uma vez só...
Infelizmente, não sei como "seguir" o teu blog: podes dizer-me o nome de registo dele?
Em qualquer caso, (sinceras!) felicitações por ele!
Carlos
ou como se o outono fosse um mar de cores. e é.
ResponderEliminarbeijos
Passei aqui por mero acaso. Mas a poesia é por vezes um acaso inadiável.
ResponderEliminarHá muito que não via uma linguagem poética tão limpidamente original. Vou continuar por aqui.
Obrigada por me mostrar o caminho da fonte! Te felicito por tão belos textos. Abraço, Ana
ResponderEliminarOlá! Passaste a seguir meu blog e me foi dado conhecer o teu. Adorei esse texto, lindo, muito lindo!
ResponderEliminarUm abraço,
Elis Barbosa
Oi Sylvia! Digo-te que aqui é um bom lugar de se estar!
ResponderEliminarGosto de teu estilo!
ósculos/carlos
Escreve-se bem aí pelo Algarve!
ResponderEliminarsylvia em puro devir!
ResponderEliminarsalve sylvia!
Sou puxada por ventos e palavras.
ResponderEliminarParabéns pelo espaço!
Bj