SOMBRAS DE SILÍCIO
{comecemos por aqui}: a mesma sombra
esteve por baixo de muitos corpos, de suas
águas e urgências, algumas primitivas, que num
ápice atravessaram o subterrâneo
de todo o tempo. {e depois, porventura, alguém dirá}:
o mesmo sexo não produz o mesmo filho, bem
como a mesma frase não gera o mesmo amor.
e então talvez haja necessidade de falar por escrito,
dentre as sombras de carolinas a florir,
e escrever por exemplo isto:
não sei em que sombra te foste probabilizar. continuo
sentada sobre a memória náufraga e hirsuta
que ainda constrói
que ainda constrói
lugares distantes com aves de silício,
com corpos sem corpos que
afinal são arte, e sensações que partem
do seu epicentro
à procura de uma distância onde se possam medir.
Sylvia Beirute
inédito
Vim conhecer seu espaço, e saio daqui com gosto puro de poesia.
ResponderEliminarParabéns pelo belíssimo trabalho.
Beijos meus, com carinho.
Helena
Um belo blog por aqui...
ResponderEliminarE a distância das sombras, de silício ou não - são elas circundando o centro, a vida - a poesia toda...
Abraços
Oi Sylvia, passeando por alguns blogs, acabei encontrando o seu, fiquei encantado, parabéns pelo espaço, lindo!
ResponderEliminarUm abraço,
Geraldo.
Nasce a veia dentro do ventre.onde a boca me termina.
ResponderEliminarE o silêncio escurece a noite até à língua.
Obrigado:)
Que a mesma sombra é a mesma sombra tenho certeza, a diferença está na inclinação da luz.
ResponderEliminarsombra da génese,
ResponderEliminarabraço do sexo.
"talvez os véus sejam de luz
talvez a distância não se prolongue"
belo!
(volte sempre!)