Subscribe

RSS Feed (xml)

Powered By

Skin Design:
Free Blogger Skins

Powered by Blogger

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Um poema de Sylvia Beirute - Subir ao Cimo das Árvores

























SUBIR AO CIMO DAS ÁRVORES

as palavras são o escrutínio da alma.
divido a respiração pelos átomos, o medo
pela ansiedade é igual a um.
o escarlate do coração divido pelas vezes
que a vida se refaz sem ilação, pelas
consoantes líquidas ao frio maior.
as árvores são plantadas
em cada divisão do silêncio
e costumamos subi-las de noite.

então, todo o tempo sai do corpo sem espaço.
e temos a certeza que a divisão do tempo pelo espaço
é o movimento de uma ideia que não sara. {e a propósito,
no cimo da árvores
toda a proporção sai do cruzamento
entre transformação e resistência.}

e amanhecemos. o nosso amanhecer toca
no medo melhor, cardeal, suspeito, mariposa, que foge.

Sylvia Beirute
inédito

6 comentários:

  1. Sylvia,
    Não obstante a minha implicância com o uso comercial do "espírito natalino", não tenho como escapar da influência que a data exerce sobre o meu emocional que ainda teima em crer que a humanidade não é caso perdido e que podemos construir um mundo mais justo, sem violências e sem preconceitos. Em suma: sou um ingênuo assumido.
    Sendo assim, é inevitável que venha para deixar os meus votos sinceros de que você tenha um feliz natal e que o ano novo não seja apenas uma nova página no calendário, mais um marco de mudança que inaugure uma nova era de paz e felicidades para todos e que possamos realizar todos os nossos melhores sonhos e projetos.
    Felicidades.
    Beijos

    ResponderEliminar
  2. que seja feliz nestes dias, muito feliz.

    ResponderEliminar
  3. A vida sempre se (re)faz.

    Imensamente belo!

    ResponderEliminar
  4. Olá Poeta do Garbe (Ocidente do al-Andalus) do séc. XXI
    o teu nome recordou-me vagamente a minha primeira Pátria distante de onde um dia há mais de mil anos me despedi para percorrer o Mediterrâneo de todas as formas (im)possíveis a caminho da Atlântida em busca da Poesia, do Amor: a Vida. Nessa longa viagem cruzei-me com Almutâmide de Beja e Corto Maltese de parte nenhuma - como eu - e com ambos troquei Poesia; velhos e magníficos livros inscrutados a marfim salvos da Biblioteca de Alexandria por um velho jogador de xadrez que conheci em Cártago e o belo e sensual vinho do al-Andalus.
    Afinal és de Santa Maria de Faro...
    Parabéns sagitariana Poeta e também pelo ortográfico sentido de humor...

    ResponderEliminar