Uma delícia estes Sonetos Para-infantis, do meu querido Pedro Ludgero, edição da incomunidade, saído este ano. Deixo um aperitivo, exemplo do interessante experimentalismo que a obra nos oferece, coisa rara nos dias que correm.
(sete e oitenta) um número impõe que se já razão
da da invenção ordem que máquina interna comanda
criança a inventora de um cúmulo jeito em absurdo
despida a preceito
corrige ela mesma
robinson crusoe
que chamar podia se de ilha a do zero deserto
viu que de inventar o lugar se esqueceu de pôr
estrelas e rios e ventos e voos em vão
homens e mulheres
mas uma invenção
vem sentido o dar
a vOz que a tudo isto cede eros e canta (e não cessa)
o do fim do fim.
etc.
Pedro Ludgero
Sonetos Para-infantis
Incomunidade, 2010
I have always depended on the kindness of strangers...
ResponderEliminarbjs
RIACHOS INFANTIS
ResponderEliminarSOMOS VIDAS E SOMBRAS CONTAGIADAS
COM OS OLHARES DOCES DE INFÂNCIAS
QUE SE ESCAPAM A TODAS AS DISTÂNCIAS
PARA NOS FLORIREM ÁGUAS DESNUDADAS
BEBEMOS OS SEUS RISOS DE INOCÊNCIAS
E LIBERTAMOS SONS DE ELEGÂNCIAS
CANTANDO CANÇÕES DE NOVAS FRAGRÂNCIAS
QUE APAGAM GOMOS DE NOVAS DEMÊNCIAS
ADORA-SE OS RIACHOS DAS FRESCURAS
QUE NOS LAMBEM COM OLHOS DE TERNURAS
COM RICOCHETES DE NOVAS PALAVRAS
QUE DEFINEM O TRÂNSITO DAS LAVRAS
COM QUE NOS GRAVAM RAMOS DE BRAVURA
E O FOGO QUENTE DE NOVA AVENTURAS
nINGUÉM (jORGE mANUEL bRASIL mESQUITA)
23/04/2010 - 11h49 - bIBLIOTECA nACIONAL
ETPLURIBUSEPITAPHIUS.BLOGSPOT.COM
Gostei muito do seu blog, tem muitos posts interessantes!
ResponderEliminarDeixei um e-mail de contato para você no gmail, não sei se recebeu...
Visitarei sempre, Beijo!
experienciar é quase
ResponderEliminarTUDO
?
Deve-se escrever "adoram-se os riachos".
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