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terça-feira, 29 de junho de 2010

Um poema de Sylvia Beirute - Modelo de Admissão

























perdoem-me a ausência nos inéditos. na realidade, não tenho estado muito bem. agradeço a preocupação.

MODELO DE ADMISSÃO

é como disseste:
só uma pessoa que ama outra
pode e sabe guardar o seu silêncio, mover as suas 
falhas orgânicas e os seus vultos erguidos,
ler os erros que não são mais do que instintos que perdem 
a consciência, tornando-se
autênticos e desmetafóricos.
e uma falha no silêncio pode não gerar uma fala
ou outro silêncio, sequer meter um ebulidor da 
linguagem, bem como
uma falha no tempo de morrer pode não querer
representar a vida comunicante.
uma coisa é certa, e assim o oculto: um quilómetro
enrolado será sempre um quilómetro,
ainda que manifeste uma memória imediata,
uma distância perto.

Sylvia Beirute
inédito

5 comentários:

  1. "um quilómetro
    enrolado será sempre um quilómetro,
    ainda que manifeste uma memória imediata,
    uma distância perto." não digo mais nada, está tudo dito, já o escreveste

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  2. "Um dia de cada vez." Não tenhas pressa.

    ResponderEliminar
  3. Belo, incorrigível, profundamente humano, essencial.

    ResponderEliminar
  4. Belo, incorrigível, profundamente humano. Sylvia: qualquer coisa: estou à tua disposição!

    ResponderEliminar
  5. "Só uma pessoa que ama outra, pode e sabe guardar seu silêncio"

    Maravilhoso!

    Parabéns, Sylvia!

    Beijos

    Mirze

    ResponderEliminar