Não posso considerar a arte como redução a uma espécie, a um género. Não existem artistas de uma arte. Vejo um artista mais como receptor do que emissor. A emissão (e forma) é domínio do processo, o processo que alguém encontrou ao filtrar o mundo. Muitas vezes. Sim, o mundo. O artista, reafirmo, é quem recebe, quem soube receber. E depois de receber teve a sorte de encontrar em si impulsionadores, geradores de complexos, ligações. Alguns, naturalmente, que já existiam, outros que se iluminaram, se reflectiram mutuamente. Digo-o quando oiço o álbum Volta da islandesa Björk e a complexidade da sua beleza que está para além do musical. Está dentro dos muros do belo, do educadamente e autodidacta belo. E então experimento ler um poema antigo. E tudo muda. E a música ainda ecoa.
Björk, Volta:
1. "Earth Intruders"
2. "Wanderlust"
3. "The Dull Flame of Desire" (featuring Antony Hegarty)
4. "Innocence"
5. "I See Who You Are"
6. "Vertebræ by Vertebræ"
7. "Pneumonia"
8. "Hope"
9. "Declare Independence"
10. "My Juvenile" (featuring Antony Hegarty)
Ainda não escutei a moça... acho que uma canção. Numa certa vez, na qual já faz tempo...
ResponderEliminarAssisti Dançando no Escuro. E só.
Vou seguir tua sugestão e procurar o CD =}