Invariavelmente histórias como a das 271 obras de Picasso, desconhecidas até então, relacionam-se sempre com a questão monetária, uma arte à parte. Senão vejamos: à primeira vista, e pelos anos que passaram, dá ideia de que este electricista deteve as referidas 271 obras como alvo de contemplação, um gozo pessoal muito requintado. De seguida começamos a pensar melhor: tantos anos sem dizer nada e agora busca os certificados de autenticidade das mesmas. Provavelmente, e porque passou muito tempo, já ninguém lhe tira as obras, e o pobre homem, quem sabe levado pelos efeitos da crise internacional, resolveu arriscar. De todo o modo, deve ter sido penoso dispor durante tantos anos de uma fortuna considerável sem lhe poder tocar. O electricista já é velhote. Que goze alguns anos de boa vida. Que as obras sejam expostas.
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