SOPA MENTAL
a imperfeição murcha por fiel à perfeição.
e tudo se torna uma sopa mental.
levas tempo a comer.
e aqui o tempo consome o tempo.
os legumes ainda são cortados nas hastes
do falso frio.
o critério é uma metafísica do quente,
o quente que se vai tornando frio
passivamente e em silêncio.
tu és a sopa mental de ti próprio.
o teu dialecto interior murcha
por fiel à tua linguagem.
e ninguém repara ou suspeita
quando te vê comer
.........................numa tigela de barro.
Sylvia Beirute
inédito
.
deste-me uma lente
ResponderEliminar... era poema
por não ser teorema
em ser vivente
vi-me por dentro
muito lindo. meus olhos descansaram na sombra de cada um desses versos. agora preciso seguir...
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