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sábado, 4 de dezembro de 2010

SOPA MENTAL - POEMA - SYLVIA BEIRUTE

























SOPA MENTAL

a imperfeição murcha por fiel à perfeição.
e tudo se torna uma sopa mental.
levas tempo a comer.
e aqui o tempo consome o tempo.
os legumes ainda são cortados nas hastes
do falso frio.
o critério é uma metafísica do quente,
o quente que se vai tornando frio
passivamente e em silêncio.
tu és a sopa mental de ti próprio.
o teu dialecto interior murcha
por fiel à tua linguagem.
e ninguém repara ou suspeita 
quando te vê comer 
.........................numa tigela de barro.

Sylvia Beirute
inédito
.

2 comentários:

  1. deste-me uma lente
    ... era poema
    por não ser teorema
    em ser vivente
    vi-me por dentro

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  2. muito lindo. meus olhos descansaram na sombra de cada um desses versos. agora preciso seguir...

    ResponderEliminar