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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

PEDRA DA LUA - POEMA - SYLVIA BEIRUTE

























PEDRA DA LUA

o imperfeito gela: o retrato. a pintura desfalece, 
as cores deslizam. formam um outro.
há transferência de imperfeições, de ninguéns que 
iniciam plantas, maneiras de menstruar
chão e boca  equilibrando tarde de mais
a fala dos espelhos.
e o passado torna-se futuro ao perder a sua força.
o presente ressente-se no coração sem reserva 
do seu exercício.
o imperfeito gela. reflecte devagar. veste o 
chamamento na cauda dos gatos, no jardim 
de uma beleza  de som e mistério.
e tu tens a tua pedra que pertence ao teu corpo. 
e nada mais importa 
senão a germinação inaugural da sua lua.

Sylvia Beirute
inédito
.

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