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terça-feira, 22 de março de 2011

ANTÓNIO RAMOS ROSA - POEMA - SYLVIA BEIRUTE

























ANTÓNIO RAMOS ROSA

em cada poema morres 
enquanto ficas diferente. diferente
no sentido 
de mais  conhecedor de ti mesmo, morto 
no sentido  
de menos teres por viver.
e imagino que é essa distância
entre aquilo que és e sabes
e aquilo que não sabes que virás a ser
que tem o nome de 

receptividade.

e é um complexo comovente, um jardim 
esperando a neve. é isso

o teu poema subindo alto em mim,
incorporando os seus contrários
no meu exemplo
mais interrompido.

Sylvia Beirute
inédito
.

1 comentário:

  1. muito bonito. gostei muito do blog. seu amor a poesia é inspirador.

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