O PRATO
o poema vai reagir aos olhos do rei.
quando as suas palavras se perderem
noutras palavras.
em cada segunda-feira.
em cada fernando pessoa de madrugada
e instante.
e por cada vergonha, um beijo
vale a pena
pela observação linguística do facto,
pelo cansaço da subida
na metafísica das mãos coladas.
o poema vai reagir aos olhos do rei.
daqui a pouco.
num prato de perguntas. numa mesa
de respostas
onde comer uma uva é recitar a memória
que cumpre um dever.
Sylvia Beirute
inédito
.
Talvez meu prato seja muito raro pra comportar sua sopa de versos, mas fiquei curioso pra saber qual seria a expressão dos olhos do rei ao ver o poema reagir
ResponderEliminarme sinto muito bem servida, Sylvia!
ResponderEliminarposso repetir do prato essa refeição?
beijos nos garfos!
uau.
ResponderEliminaresse poema flui - tem todo um clima e ainda é despojado em cada linha.
adorei, sylvia. é bom revisitá-la!