Já há alguns anos que sigo a poesia de Tomas Tranströmer, tendo publicado neste blogue alguns poemas desde poeta sueco, agora Nobel da Literatura 2011. Não me parece ser um poeta muito acessível para a maior parte da massa crítica em Portugal, com a bitola que se conhece. Em geral, não sou muito adepta de prémios literários (nunca concorri a nenhum), mas este Nobel (e alguns blogues e bloguinhos agora armam-se em grandes conhecedores e entendidos) foi para mim muito importante. Cheguei a falar sobre este autor a alguns supostos experts que me exclamavam um "epah...pois...e tal". E agora vejo esses em grande elogios ao autor. Conclusão: por cá não se sabe muitas vezes separar o trigo do joio, o jogo é outro. Mas não faz mal. Mais cedo ou mais tarde....
INSEGURANÇA NACIONAL
O subsecretário se inclina para frente e desenha um X
e as suas orelhas gotejantes balançam como espadas de Dâmocles.
Como uma borboleta sarapintada é invisível contra o chão
e então que o demónio se funde com o jornal aberto.
Um capacete usado por ninguém tomou o poder.
A mãe-tartaruga foge voando debaixo de água.
TOMAS TRANSTRÖMER
tradução inédita de Pedro Calouste
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...confesso que desconhecia este "ilustre" poeta sueco,confesso ainda que não acreditaria que um prémio Nobel da literatura fosse ganho por um poeta...nos tempos atuais(poucos o ganharam em relação aos romancistas). contudo,considero gratificante esta distinção...como tal, para isso basta estar atento ao teu (tão informativo e perspicaz) blogue. abraço.
ResponderEliminarFoi aqui neste teu ( excelente )blogue, que li pela primeira vez este poeta.Foi há um ano atrás antecipando a entrega do nobel.Um ano depois ele ai está entregue ao poeta. Abraço
ResponderEliminarolá e obrigado pela visita de tão ilustre bloguista. admito que conheci hoje este poeta premiado (e bem), apesar dos 4 poemas dele publicados. apenas porque a curiosidade me move e nela deposito esperançada a descoberta. vamo-nos descobrindo por aí. continuações.
ResponderEliminarEu conhecia-o deste blogue e do Bibliotecário de Babel. De resto ninguém falava no homem.
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