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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

BANDEJA COM ESTRELAS - POEMA - SYLVIA BEIRUTE






















BANDEJA COM ESTRELAS

num rosto não cabem dois.

que as coisas tenham para nós
uma perduração
e que emendem a revelação
das reentrâncias.

proibo-te à infância.

a minha voz
ilumina a palavra não.

que este silêncio seduza
a tristeza que nos
desmerece e que entra no fulgor
desnecessário
da nossa separação infinita.

e no final de tudo está sempre
o melhor início.

numa bandeja de estrelas.

que as coisas tenham para nós
uma perduração.

que a morte se deixe ficar
onde está.

Sylvia Beirute
inédito

O meu livro Uma Prática para Desconserto em wook.pt.
 .

1 comentário:

  1. um belo poema Sylvia. estrelas cintilantes de palavras. que perdure a tua luminosidade.
    um feliz natal e um belo 2012.

    bjo.

    josé

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