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sábado, 24 de dezembro de 2011

POEMA DE NATAL - SYLVIA BEIRUTE

























POEMA DE NATAL

de boca em boca o fulgor obsessivo 
das horas do poema de natal subindo e singrando 
na pergunta que descobre e alcança 
o fim de qualquer rua 

e furtivamente de tempos em tempos 
a memória desce à sede que tenho de ti 

e é como se o nosso natal sempre ali tivesse estado
ali na insónia adolescente e à lareira
desembrulhando os presentes
e todos os nossos sorrisos & segredos.

Sylvia Beirute
.

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