POEMA DE NATAL
de boca em boca o fulgor obsessivo
das horas do poema de natal subindo e singrando
na pergunta que descobre e alcança
o fim de qualquer rua
e furtivamente de tempos em tempos
a memória desce à sede que tenho de ti
e é como se o nosso natal sempre ali tivesse estado
ali na insónia adolescente e à lareira
desembrulhando os presentes
e todos os nossos sorrisos & segredos.
Sylvia Beirute
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