PEQUENO POEMA PARA A MORTE
que a palavra te redima do erro. que a palavra seja o erro.
luís quintais
que a palavra te redima do erro. que a palavra seja o erro.
luís quintais
primeiro: preparar a sombra. rumorejá-la. desflorá-la.
segundo: escolher o objecto. fixá-lo. intuí-lo. medi-lo.
terceiro: retirar o objecto lentamente. analisar a sombra.
quarto: estender o corpo populoso no solo, sobre a sombra.
quinto: imaginar o objecto excluído.
sexto: sentir o corpo adquirir a forma do objecto excluído.
sétimo: sentir a sombra percorrer a distância
entre o corpo e o objecto excluído como se tivesse
havido contemporaneidade entre os dois.
oitavo: analisar a sombra do ponto de vista dos relevos
adquiridos e danos residuais.
nono: excluir a sombra. {o terno é a antítese do eterno}
décimo: fechar o corpo.
Sylvia Beirute
inéditofirenze, centro storico, 3 de dezembro de 2009
o que eu gosto disto!
ResponderEliminarFechar o corpo abrindo a alma. alva.
ResponderEliminarbeijo
Que belo poema.
ResponderEliminarSolivan
Belo!
ResponderEliminarChegou aqui na hora certa a transmitir leveza
Um abraço,
marlene edir severino