O MOVIMENTO DAS CÉLULAS
depois fechamos os olhos. descobrimos que
a substância do verso não forma uma linha,
que o seu conjunto se assemelha
à representação de quiasmas. e então
falamos de células e da sua divisão marítima,
ouvimos, ali ao lado, alguém dizer, com a
autoridade de um LOBO:
{primeiro procuramos a solução,
depois sonhamos o problema}.
o certo é que vamos demasiado longe,
demasiado longe para a mesma certeza,
até que nos tornamos amovíveis.
de noite, cansados e sem a responsabilidade
moral de escrever um poema, e
sem mais precisarmos
de distorcer instantes na cidade subtil,
pensamos no silêncio.
{criar muita poesia é criar muito silêncio}, dizes.
Sylvia Beirute
inéditofirenze, 3 de dezembro de 2009
{criar muita poesia é criar muito silêncio}
ResponderEliminarGostei muitíssimo da força do que li por aqui...
Belíssimo trabalho!
Abraço!
Lindíssimo, Sylvia.
ResponderEliminarBeijos.
Seu blog é tudo de bom!
ResponderEliminarObrigada por me seguir!
Se gostar, tenho outra morada: www.fragmentostodosmeus.blogspot.com
abraço!
A poesia revela o indizível. É linguagem primordial. Ela nao só " cria muito silêncio ",
ResponderEliminarela tem origem na capacidade de se saber ouvir esse silêncio.
Luís costa ( htp://oarcoealira.blogspot.com/