O BEIJO DE RODIN
não quero fazer filhos
sobre desejos adicionais
e tardios, desejos sobre a tela tardia da tarde,
desejos sobre o azul infindável
de boas razões indesejáveis.
não quero desejos de desejos,
desejos que retiram desejo a desejos de
tempo raso
e de feitio de autopertença e
leves contradições sem alarme e gafanhotos.
não é em vão que
o beijo de rodin é de pedra.
Sylvia Beirute
inédito
sempre, mas sempre, do melhor que tenho lido, desde há muito tempo. e leio poesia desde miúda. já rabisquei, mas um elo se partiu e nunca mais se cicatrizou.
ResponderEliminarparabéns sylvia, que nunca te falte inspiração e vida. sou fã e, acredita, de poucas coisas/pessoas o sou.
um bom ano para ti. com tudo o que almejas.
heliz
quem vem ca fica viciado.
ResponderEliminarAdorei o blog e estou te seguindo...
ResponderEliminarVoltarei sempre.
Estou te linkando tb.
bJOS*
Um poema eloquente, quase um princípio. Cai como luva em Rodin e seu "desejo de desejos".
ResponderEliminarUm beijo, Sylvia, com votos de um ano rico de poesia.
Pois é dona moça! kkkk Tens razão, pela obra do Rodin levamos a crêr que o beijo de lá ele é de pedra! kkkkkk
ResponderEliminarAo certo, na sua poesia concreta nos desejos o Rodin se apresenta nos ensejos de pedras, oi que bom! kkkkkkk
Desejo-lhe e aos seus um ano novo repleto de novas conquistas!
bjs
O Sibarita
Cara Poetisa Sylvia
ResponderEliminarParabéns pelos seus escritos e feliz ano novo
«não é em vão que/ o beijo de rodin é de pedra»: mas a propósito de pedras e deste seu belo poema, permita-me que lhe deixe aqui o poema de Eugénio de Andrade, com o título de «A PEDRA//
ResponderEliminarA pedra. Sou-lhe fiel pelo aroma./Vim de longe para tocar o fogo/da sua geometria sem fronteiras./Pedra viva. Ou melhor: acariciada./Pedra profunda, chamada pelo sol,/num voo sem fim, sempre parada.»
Parabéns.
Domingos da Mota