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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Um poema de Sylvia Beirute - O Beijo de Rodin


























O BEIJO DE RODIN

não quero fazer filhos
sobre desejos adicionais
e tardios, desejos sobre a tela tardia da tarde,
desejos sobre o azul infindável
de boas razões indesejáveis.
não quero desejos de desejos,
desejos que retiram desejo a desejos de
tempo raso
e de feitio de autopertença e
leves contradições sem alarme e gafanhotos.

não é em vão que
o beijo de rodin é de pedra.

Sylvia Beirute
inédito

7 comentários:

  1. sempre, mas sempre, do melhor que tenho lido, desde há muito tempo. e leio poesia desde miúda. já rabisquei, mas um elo se partiu e nunca mais se cicatrizou.
    parabéns sylvia, que nunca te falte inspiração e vida. sou fã e, acredita, de poucas coisas/pessoas o sou.
    um bom ano para ti. com tudo o que almejas.
    heliz

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  2. quem vem ca fica viciado.

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  3. Adorei o blog e estou te seguindo...

    Voltarei sempre.

    Estou te linkando tb.

    bJOS*

    ResponderEliminar
  4. Um poema eloquente, quase um princípio. Cai como luva em Rodin e seu "desejo de desejos".

    Um beijo, Sylvia, com votos de um ano rico de poesia.

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  5. Pois é dona moça! kkkk Tens razão, pela obra do Rodin levamos a crêr que o beijo de lá ele é de pedra! kkkkkk

    Ao certo, na sua poesia concreta nos desejos o Rodin se apresenta nos ensejos de pedras, oi que bom! kkkkkkk

    Desejo-lhe e aos seus um ano novo repleto de novas conquistas!

    bjs
    O Sibarita

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  6. Cara Poetisa Sylvia

    Parabéns pelos seus escritos e feliz ano novo

    ResponderEliminar
  7. «não é em vão que/ o beijo de rodin é de pedra»: mas a propósito de pedras e deste seu belo poema, permita-me que lhe deixe aqui o poema de Eugénio de Andrade, com o título de «A PEDRA//
    A pedra. Sou-lhe fiel pelo aroma./Vim de longe para tocar o fogo/da sua geometria sem fronteiras./Pedra viva. Ou melhor: acariciada./Pedra profunda, chamada pelo sol,/num voo sem fim, sempre parada.»

    Parabéns.

    Domingos da Mota

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