Um amigo passou-me algumas ideias do poeta Billy Collins sobre a criação da poesia. Partilho completamente das sua ideias nesta parte, quando ele diz:
Quando digo que a poesia é a última forma de viajar, reporto-me tanto à imaginação como à geografia. Como Borges, que se descrevia a si mesmo como "leitor hedonista", eu admito que leio por prazer, e um dos grandes prazeres que a poesia oferece é o facto de poder ser movida de um lugar para outro, muitas vezes de um lugar que existe na realidade para outro que apenas existe no seio da imaginação, especialmente se o segundo lugar nunca existiu antes de o poema ser escrito.
Na realidade, não sou um julgador quando leio um poema de outro poeta. Apenas espero que ele me leve a algum lugar. A qualquer lado. E enquanto alguns poemas voam para campos completamente novos, outros nunca deixam o abrigo do avião. Viajar também alivia o tédio associado à escrita. Quando crio algo, procuro o outro lado da estrada, uma escotilha para deixar a primeira parte do poema para trás, e que é normalmente apenas um isco ou o estabelecimento de um tema, e parto para algo novo.
A poesia, ainda, é uma grande viagem.
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