UM CABELO À NOITE
um cabelo à noite o amor.
os seus filhos nascem de binóculos.
ninguém morrerá dele.
ninguém morrerá dele apesar
do caroço de luz indissociável
de sua síntese efémera.
e vemo-lo no parque, pela cosmovisão
do sonâmbulo, no transe do bom, de uma
contradição consciente.
o amor, existindo também na beleza
exterior das coisas, é biodegradável no
interior de um corpo de erros.
e ninguém morrerá dele.
ninguém morre com um rosto futuro.
Sylvia Beirute
inédito
Belissimo são tantas as metáforas que fico viajando em cada letra. Realmente um colírio aos olhos.
ResponderEliminarFeliz domingo
Belo poema, Sylvia!
ResponderEliminarNele, grandes verdades.
Amor e/ou falta de.... não mata. O importante é o amar a si.
Parabéns,
Beijos
Mirze
inédito mesmo.....
ResponderEliminarBeijão flor, ótimo domingo!
Segue este meu outro blog da escola?
http://oxes3.blogspot.com/
Hermético.
ResponderEliminarMas com o sedução própria das coisas que não se adivinham facilmente.
Abraços,
"ninguém morre com um rosto futuro"
ResponderEliminarmt forte isto.
o amor não devia morrer - nem matar. teus poemas tem uma força que impressionam, sylvia. bjo.
ResponderEliminarencanto, encontro em ti
ResponderEliminarSua forma me encanta...
ResponderEliminarIntensa e bela!
abraço
O Branco de Rembrandt
Improviso para Sylvia Beirute...
ResponderEliminarSe quisesse fazer-te uma confidência
em forma ainda de ensaio
dir-te-ia que já só saio à rua
digo de mim
com as palavras pela trela
falta-me inspiração para correr
atrás das palavras velozes
já reparaste por certo
que quase não uso maquilhagem
sirvo-me no osso
e assim me adio na putrefacção
todos os poetas que morrem
apodrecem mais depressa
nas tatuagens da literatura.
Ademar
06.02.2010
Improvisación para Sylvia Beirute...
Si te quisiese hacer una confidencia
en forma eso sí de ensayo
te diría que ya sólo salgo a la calle
digo de mí
con las palabras de la correa
me falta inspiración para correr
tras las palabras velozes
ya habrás notado por cierto
que casi no uso maquillaje
me sirvo en los huesos
y así me aplazo la putrefacción
todos los poetas que mueren
se pudren antes
en los tatuajes de la literatura.
Traducido por María Alonso Seisdedos às 00:44
neste blogue todos os poemas são muito bons. raro isso.
ResponderEliminargostei.
ResponderEliminarViva
ResponderEliminargostei muito do poema, e de todo o blog. Quem sabe um dia posso ilustrar um dos teus poemas com uma imagem.
Cumps.
Surreal querida, o imaginário a nossa disposição.
ResponderEliminarBjs