MEMÓRIA: CIDADE DOS HOMENS
e muito legítimo e definitivo
em todo o traço o dedo a fazer a significação
e a ocultação da vontade de se ligar
a uma cabeça métrica
eleita um bom cúmplice memorizador.
e daí muito legítima a memória sob os títulos
que a desvendam longitudinalmente
e mostram a cidade inteira
sob a retórica da boca do dia-a-dia.
e há, no final, aflição, aflição de ter de
dizer as cores com os ruídos do desejo,
de ter de beber os homens pelos entornos
que ainda transbordam do copo.
Sylvia Beirute
inédito
Seus poemas sempre me golpeiam brutamente. Gosto de lê-los. Sinto-os percorrendo por toda a extensão do meu corpo.
ResponderEliminar"e há, no final, aflição, aflição de ter de
ResponderEliminardizer..."
gosto da maneira que escreves.
e das ilustrações que coloca. casa perfeitamente.