REVÓLVER
{ao josé ferreira}
por fim: entre desejos lindos, estrita-
-mente prováveis, e contra-impulsos no
dorso, dia sim dia não, como que
-mente prováveis, e contra-impulsos no
dorso, dia sim dia não, como que
numa mistura clássica e fascinante,
substituo o corpo na competência
de parir o tempo que resta
no rebentar das águas de um
instante principal em forma de
edema e américas;
e entre desejar e não desejar, o vazio
de cordas deseja e consegue: a certeza
de não cabermos numa
única possibilidade, o saber que há
um inverno de grande razão
de não cabermos numa
única possibilidade, o saber que há
um inverno de grande razão
na carne fria do nosso cesariny,
o ter o coração em riste no diadema
solitário sob os olhos dos mi-
-nutos emperrados em direcção a meca,
o supor que a morte já
não admite exemplos
o ter o coração em riste no diadema
solitário sob os olhos dos mi-
-nutos emperrados em direcção a meca,
o supor que a morte já
não admite exemplos
e um excesso de memória
adivinha o futuro.
Sylvia Beirute
inédito
Um inverno que chega sem razão
ResponderEliminarsabendo que o futuro ainda espera...
sempre me encanto com os seus versos...
beijos
gostei muito Sylvia. muito bom!
ResponderEliminarbeijo
G
muito bonito e como toca!
ResponderEliminarbeijo.
"um excesso de memória
ResponderEliminaradivinha o futuro."
Realmente muito bom...
ResponderEliminarAliás não só o poema
A colagem ficou perfeita
abraço!
Realmente muito bom...
ResponderEliminarAliás não só o poema...
A colagem ficou perfeita
abraço
Mais um primoroso texto! Vou me seduzindo aos poucos com seu encanto d'além-mar.
ResponderEliminarPela imagem, sei que você se refere ao tabagismo. E se "a morte já não admite exemplos", em se tratando de letalidade, o fim é alcançado tanto por essa arma que mata aos poucos quanto por um revólver ou pela forca.
Beijo!
deliciosos os ultimos versos.
ResponderEliminarGosto muito de ler-te, tens o gosto do pouco usual, o sabor indefinido da surpresa do paladar ao novo.
ResponderEliminarÉs uma das minhas preferidas.
BEIJO.