ESPÍRITO-ESPELHO
flash.
e perpassa a coisa fria, ignição de tua cor
incalculável.
chamo deus à delicadeza da dor
coberta de fogo,
coberta de boca inclinada e masculina.
e é um mês fungoso à beira de uma eternidade
geral de uma morte que se divide
por muitas outras. e também pelo
teu pensamento
na estreita beleza de um japão maduro.
e um outro flash.
um que se enche de chuva na inocência
fria de um éter dizendo que é preciso medir a febre.
é a ideia de completar um lugar
com o silêncio impresso no pé de quem dança
com as magnólias e toda a sintaxe
.................................................da memória.
e ninguém pensa senão com a saliva
do sigilo, um rio disperso
no sangue das crianças por nascer
no espírito-espelho
.............................de cada palavra.
Sylvia Beirute
inédito
.
Sylvia, sua poesia surpreende sempre. Suas imagens têm força e criatividade sem medidas. Parabéns!
ResponderEliminarUm abraço,
G