VÉSPERA DE NATAL
absorver. e desaparecer. no encontro das mãos.
actuar na volta do estômago, na
superfície do coração pulsado. indigesto. matriz
de ferida profunda. descontínua.
mescla de mapas o objecto temeroso realizando
o meu centro que viola o espírito circundante
da dialéctica. do sepulcro vivo.
e a sede do meu vício feminista
condena o género perverso das letras
que capitulam a distinção entre bater, precipitar,
e proclamar o silêncio principiante da
abertura das prendas como se saíssem versos
para o vazio purista em neutropénia,
sem causa fixa e eloquente,
lentamente buscando a prestidigitação.
e é natal. natal embebido nos orifícios do espelho
dos lábios informulados na fundura do rosto,
reflectindo palavras que já não dizem
o que um dia quiseram dizer.
Sylvia Beirute
inédito
.
great
ResponderEliminarfelicidades sb