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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

VÉSPERA DE NATAL - POEMA - SYLVIA BEIRUTE
























VÉSPERA DE NATAL

absorver. e desaparecer. no encontro das mãos.
actuar na volta do estômago, na
superfície do coração pulsado. indigesto. matriz
de ferida profunda. descontínua.
mescla de mapas o objecto temeroso realizando
o meu centro que viola o espírito circundante
da dialéctica. do sepulcro vivo.

e a sede do meu vício feminista
condena o género perverso das letras 
que capitulam a distinção entre bater, precipitar, 
e proclamar o silêncio principiante da 
abertura das prendas como se saíssem versos 
para o vazio purista em neutropénia, 
sem causa fixa e eloquente,
lentamente buscando a prestidigitação.

e é natal. natal embebido nos orifícios do espelho 
dos lábios informulados na fundura do rosto,
reflectindo palavras que já não dizem 
o que um dia quiseram dizer.

Sylvia Beirute
inédito
.

1 comentário: