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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

UM CORPO ENCONTRA A SUA PROFUNDIDADE FORA DELE - POEMA - SYLVIA BEIRUTE


















UM CORPO ENCONTRA A SUA PROFUNDIDADE FORA DELE

um corpo encontra a sua profundidade fora dele
como a palavra isolada ilude a linguagem.

mas é na palavra transitiva que nos amamos
no que passa e contradiz
no lugar onde o erro ainda subverte
a sua prova mais ténue.

respiro as nossas impossibilidades
como se o corpo fosse a libertação
de todas as coisas.

Sylvia Beirute
inédito
.

2 comentários:

  1. [numa leitura, apenas, impossível percepcionar a vasta imensidão, a possibilidade e impossibilidade do poema; aumenta a profundidade na leitura seguinte... e mais ainda numa mais adiante, mais...]

    Um imenso abraço, Sylvia

    Leonardo B.

    ResponderEliminar
  2. Sabe que pensei? A mulher Sylvia Beirute torna-se mais curvilínea, perfumada, poderosa e sutil, como fonte de pema tão... inefável, belo, interessante, perfurante, descobridor?

    ResponderEliminar