POEMA SOBRE O OUTONO
o homem.
por fora a questão que o desaloja de si mesmo.
por dentro a resposta que lhe retira a pergunta.
por dentro ao longe o desvio que
lhe amadurece o estendal incandescente
de outonos sem espessura.
por fora ao longe a criança que ele foi
presa num cubículo de sangue
no joelho de um outro menino.
o homem.
a sua radiação. o seu chegar tarde.
o seu magnificar interminável,
o seu não coser a vida, a brilhante mão
no círculo de todas as coisas.
Sylvia Beirute
inédito
.
Sylvia gostei muito deste poema sobre o homem, por dentro e por fora.
ResponderEliminarAbraço