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segunda-feira, 14 de março de 2011

CAFÉ COM LEITE - CURTA-METRAGEM

Parte 1:



Parte 2:



Danilo estava prestes a sair de casa para ir morar com seu namorado, Marcos, quando seus pais morrem num acidente. Seus planos para o futuro mudam quando ele se torna responsável pelo irmão caçula, Lucas. Novos laços são criados entre estes três jovens garotos. Enquanto os irmãos Danilo e Lucas precisam descobrir tudo que não sabiam um sobre o outro, Marcos tenta encontrar seu lugar naquela nova relação familiar. Entre vídeo-games e copos de leite, dor e decepção, eles precisam aprender a viver juntos.

Realizado por Daniel Ribeiro
Ano de 2007
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domingo, 6 de fevereiro de 2011

SONATA DE OUTONO, DE INGMAR BERGMAN



Quando soube da morte da actriz sueca Lena Nyman, tive vontade de rever o Sonata de Outono (1978, título original Höstsonat) de Ingmar Bergman, onde esta actriz é uma das protagonistas. Arrepiou-me como se tivesse visto da primeira vez aquela relação entre mãe e filha, a tortura de palavras, a teatralidade daquele drama indo ao extremo, a poesia dos monólogos dentro de aparentes diálogos. Não me parece que seja um filme para quem procura entretenimento. É sim um filme para quem aprecia o significado dos silêncios, o respeito pelo passar natural do tempo, ainda que ele consiga conservar o ódio e a raiva intactos, o poder das palavras como realidade com habilidade para mudar a substância das situações. Talvez ainda veja uma terceira vez este filme, seleccionando previamente as cenas, analisando e sentindo todas as outras linguagens nele contidas. 
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

NOMEAÇÕES ÓSCARES 2010



Foram hoje anunciadas as nomeações para os Óscares de 2010 e “O Discurso do Rei”, de Tom Hooper, e “Indomável”, dos irmãos Coen, partem à cabeça, respectivamente com doze e dez nomeações.

“Cisne Negro”, “Último Round”, “A Origem”, “Os Miúdos Estão Bem”, “O Discurso do Rei”, “127 Horas”, “A Rede Social”, “Toy Story 3”, “Indomável” e “Despojos de Inverno” são os dez candidatos à estatueta de Melhor Filme de 2010, segundo os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.

As cinco indigitadas para Melhor Actriz são Annette Bening (por “Os Miúdos Estão Bem”), Nicole Kidman (“Rabbit Hole”), Jennifer Lawrence (“Despojos de Inverno”), Natalie Portman (“Cisne Negro”) e Michelle Williams (“Blue Valentine – Só Tu e Eu”).

Para Melhor Actor, os cinco nomeados são Javier Bardem (por “Biutiful”), Jeff Bridges (“Indomável”), Jesse Eisenberg (“A Rede Social”), Colin Firth (“O Discurso do Rei”) e James Franco (“127 Horas”).

Na corrida de Melhor Realizador estão nomeados Darren Aronofsky (“Cisne Negro”), David O. Russell (“Último Round”), Tom Hooper (“O Discurso do Rei”), David Fincher (“A Rede Social”) e os irmãos Joel e Ethan Coen (“Indomável”).

“O Discurso do Rei”, que ficcionaliza a história verdadeira da ascensão ao poder do rei Jorge VI de Inglaterra e chega às salas portuguesas no próximo dia 10 de Fevereiro, recebeu um total de doze nomeações, entre as quais ainda Melhor Actor Secundário para Geoffrey Rush, Melhor Actriz Secundária para Helena Bonham Carter, e ainda Melhor Realização e Melhor Argumento Original.

“Indomável”, “remake” do “western” de Henry Hathaway “A Velha Raposa” com estreia marcada entre nós para 17 de Fevereiro, foi citado para dez prémios, entre os quais Melhor Realização e Melhor Argumento Adaptado.

Seguem-se na lista dos nomeados, ex-aequo com oito nomeações cada, “A Rede Social”, de David Fincher (actualmente em sala), e “A Origem”, de Christopher Nolan. O primeiro recebeu quatro das suas referências em categorias artísticas (Filme, Realização, Argumento Original e Actor); o segundo foi nomeado maioritariamente para categorias técnicas, com excepção de duas artísticas, Filme e Argumento Original.

Seguem-se “Último Round”, de David O. Russell (sete nomeações, incluindo três nas categorias de representação secundárias: Christian Bale, Amy Adams e Melissa Leo; estreia a 10 de Fevereiro), “127 Horas” de Danny Boyle (seis nomeações; estreia a 24 de Fevereiro); ex-aequo com cinco nomeações cada, “Cisne Negro”, de Darren Aronofsky (estreia a 3 de Fevereiro), e “Toy Story 3” de Lee Unkrich; e, ex-aequo com quatro nomeações, “Despojos de Inverno”, de Debra Granik (estreia a 24 de Fevereiro) e “Os Miúdos Estão Bem”, de Lisa Cholodenko.

Na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, os cinco nomeados são “Biutiful”, do mexicano Alejandro González Iñárritu (estreia na próxima quinta-feira); “Canino”, do grego Yorgos Lanthimos; “Fora da Lei”, do franco-argelino Rachid Bouchareb (actualmente em sala); “Havenen”, da dinamarquesa Susanne Bier; e “Incendies”, do canadiano Denis Villeneuve.

Os cinco documentários de longa-metragem nomeados, por seu lado, são “Exit Through the Gift Shop”, de Banksy, “Gasland”, de Josh Fox, “Inside Job – A Verdade da Crise”, de Charles Ferguson (actualmente em sala), “Restrepo”, de Tim Hetherington e Sebastian Junger, e “Waste Land”, de Lucy Walker.

A cerimónia de entrega dos Óscares terá lugar em Los Angeles, a 27 de Fevereiro próximo.

Lido no Público
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domingo, 16 de janeiro de 2011

CINEMA: PRIMAVERA, VERÃO, OUTONO, INVERNO... E PRIMAVERA


De uma beleza rara este Primavera, Verão, Outono, Inverno....e Primavera, filme do realizador sul-coreano Kim Ki-duk, e que conta a história de um velho monge e do seu discípulo. Ao ritmo das estações do ano, vemos até que ponto os erros do presente se impõem em decisões e actos futuros, bem como o modo como as lições se reformulam ao longo do mesmo tempo. É um filme que nos mostra a descoberta do "mundo dos homens" por parte deste discípulo, com tudo o que isso implica. As paisagens, especialmente o pequeno mosteiro flutuante sobre o lago, são fenomenais. Aconselho.
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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

«FETISTICAMENTE» ANTON CORBIJN
























Há muito que acompanho o trabalho fotográfico do holandês Anton Corbijn que, com CONTROL, filme sobre a vida do malogrado vocalista dos Joy Division, Ian Curtis, se tornou realizador de cinema. A experiência foi extremamente positiva e é com naturalidade que se vê outro filme de Corbijn, desta vez com um elenco de maior prestígio, com George Clooney à cabeça. Achei interessante esta reportagem com entrevista que anda à volta da vida profissional de Anton Corbijn e deste novo filme: O Americano. Detive-me na palavra fetishistically, que em em português será, creio, algo como «fetisticamente». Era isso que sentia quando ele era apenas um fotógrafo de bandas de música ocultado pela fama destas: um gosto-fetiche, de culto.


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domingo, 7 de novembro de 2010

CINEMA: A REDE SOCIAL



















sb: série reviews

A REDE SOCIAL

Todos nós já tivemos projectos em mente, alguns utópicos, outros menos, alguns realistas mas que exigiam muito esforço, outros que dependiam de factores externos a nós. O filme "A Rede Social", de David Fincher, relata mais do que o mero "sonho americano", e mais do que uma reprodução banal da criação do Facebook. Considero-o um filme muito didáctico e pedagógico, conseguindo fugir a clichés e a romantizações. É a realidade nua e crua de alguém que no seu percurso por um ideal teve de fazer cedências, que teve de optar, fingir, enganar, tendo em vista o resultado de uma determinação muito objectiva. No final, cada espectador poderá tirar as suas ilações. Por outro lado, a componente pessoal e emocional do protagonista aparece sempre como uma base, e um pano de fundo, para todo o desenrolar das cenas, o que oferece ao filme um plus de autenticidade. No final, perguntar-se-á se esta ou aquela atitude seria justificável à luz desse sonho, se seria possível congregar vontades diversas e atingir o nível a que se chegou, se Mark Zuckerberg não deveria ter tido uma outra atitude logo após o boom do Facebook em relação aos seus colegas. Todas estas perguntas ficam para cada um, e para a consciência de cada um, responder. O filme é que não poderia contar a história de outra forma.
 


Sylvia Beirute
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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ARENA - JOÃO SALAVIZA



Cheguei a ver no cinema esta curtametragem de João Salaviza, datada de 2009, e que catapultou para o estrelato este jovem realizador, sobretudo depois de lhe ter sido atribuída a Palma de Ouro no Festival de Cannes nesse mesmo ano. Gostei bastante do argumento, dos cenários, da captação do lado mais cru de uma realidade, da violência bem medida. É um retrato específico de um dia-a-dia num bairro problemático, com todos os insólitos que nessa arena vão nascendo.

domingo, 18 de julho de 2010

Cinema: O Escritor Fantasma

 
 
 
 por Isadora Sinay
 
 
O Escritor Fantasma, novo filme de Roman Polanski revisita algumas características marcantes do estilo do diretor: o suspense, a paranóia e o ambiente claustrofóbico. O filme acompanha um escritor fantasma, nunca nomeado, contratado para redigir as memórias de um controverso primeiro-ministro britânico, contudo, as coisas parecem mais complicadas do que a primeira vista, já que seu predecessor morreu afogado de forma suspeita.

Polanksi é um mestre do mistério e, sendo assim, sustenta a ação pelas longas duas horas e meia de filme graças a sutis reviravoltas narrativas. Mas mais do que conduzir bem uma narrativa intrincada, Polanski é um cineasta de atmosfera e aqui ela é extremamente fria, organizada, higienizada sem lugar para falhas, um mundo de eficiência completa. A fotografia é acinzentada e a direção de arte trabalha com tons neutros, criando um atmosfera de extrema riqueza minimalista, imersa em um mundo ainda mais hostil, o de uma pequena ilha gelada no litoral de Massachussets.

Assim, o diretor constrói um suspense eficaz com elementos que fazem parte da sua obra, construindo um filme de estilo. Contudo, como a recorrência dos elementos formais parece querer indicar, trata-se de um filme extremamente autoral, em que o diretor se estampa nas escolhas de plano, de locação, de atores e em cada momento da trama.

 
A crítica aos Estados Unidos é pungente: uma sociedade de controle, mas, ao mesmo tempo, moralmente fluída, em que se pode ultrapassar a fronteira da humanidade para alcançar o inimigo, em que tramas são ungidas em uma espécie de cúpula do poder — ainda que se trate do grande advogado da democracia. Polanski, como seu personagem, é um encarcerado, pode fugir, pode conquistar aliados e até mesmo descobrir o que se passa por trás de sua perseguição, mas de certa forma será pego e sua liberdade é sempre provisória.

Se há no filme rancor há também a capacidade do artista de transformar sua experiência em universal e a casa de alta tecnologia parece refletir não só a gaiola dourada do diretor, mas a do mundo que afasta as relações humanas e as substitui por profissionais, pela conveniência de um romance com a secretária.

Dessa forma, O Escritor-Fantasma é a volta de Roman Polanski aos seus grandes filmes: a tensão e a paranóia de O Bebê de Rosemary, a claustrofobia de Cul-de-Sac e Repulsa e a crítica ácida de Faca na Água. O filme é ainda o retrato de seu rancor e sua repulsa pelo país que de certa forma adotou e um exercício estilístico, com fotografia impecável, direção de arte extraordinária, atores excepcionais e planos muito bem executados. No fim, este filme parece ser mais próximo de uma obra pessoal ao mesmo tempo em que se trata de um exercício de excelência de um gigante encarcerado. 

Lido Aqui