LIU XIAOBO NO NIILISMO DO TEMPO
cada vez que amas, morres e começas de novo.
e há uma arte no niilismo do tempo
que nos ouve; o teu passado ainda cresce
fora da tua vida.
e nós tentamos, liu xiaobo, tentamo-lo
nas ruas que prendem a respiração do vento,
nas catedrais que inimizam
com a sensação íntima de mudar,
na translação dos caminhos de uso e osso
de declarações que gravitam
sobre as fendas do medo costurado.
"não tenho inimigos", dizes;
talvez porque todos os dias, e em cada
vez que amas, morres com um sonho
e renasces na consanguinidade de uma
ideia forte, na linguagem de um dom.
e tu amas / e tu morres,
e tu começarás sempre de novo.
Sylvia Beirute
inédito
.
muito bom , mesmo
ResponderEliminarum abraço